Todos Somos Timóteo Pinto
Thursday, December 18, 2008
Thursday, November 27, 2008
Conservadores americanos são mais bem humorados que os liberais
John Tierney
Do 'New York Times'
Liberais ou conservadores, qual deles possuem o melhor senso de humor?
Como é feito em pesquisas experimentais, começamos pedindo a avaliação, em escala de um (nada engraçado) a nove (hilariante), às seguintes três tentativas de humor:
1. Jake está prestes a iniciar uma jogada em um campo de golfe quando passa um longo cortejo fúnebre. Ele pára sua tacada, tira o chapéu, fecha os olhos e se curva para rezar. Seu companheiro de jogo fica profundamente impressionado. “Isso é a coisa mais tocante que já vi”, diz. Jake responde, “é, bom, nós fomos casados por 35 anos”.
2. Deveria haver na ciência o chamado “efeito rena”. Não sei exatamente o que seria, mas imagine que interessante ouvir alguém dizendo: “Senhoras e senhores, o que temos aqui é um assustador exemplo do efeito rena”.
3. Ao ver dois sujeitos chamados Hambone e Flippy, qual deles você apostaria que gostasse mais de golfinhos? Eu diria o Flippy, mas estaria errado... Quem aprecia mais o animal é o Hambone.
Em recente estudo, essas foram algumas das piadas avaliadas por quase 300 pessoas, em Boston, nos Estados Unidos (veja outras perguntas no TierneyLab). Os pesquisadores escolheram uma variedade de piadas (boas, ruins, convencionais e absurdas) para examinar as diferentes reações entre os auto-intitulados liberais e os conservadores.
Eles esperavam que os conservadores gostassem de piadas tradicionais, como a do golfista viúvo, que reforçam estereótipos raciais e sexistas. Por sua vez, os liberais foram previamente descritos como mais flexíveis e abertos a novas idéias. Assim, os pesquisadores acreditavam que eles rissem mais com humor não-convencional, como os “Pensamentos Profundos” de Jack Handey sobre o efeito rena de Hambone.
É verdade, os conservadores avaliaram as piadas tradicionais sobre golfe e mulheres como, significativamente, mais engraçadas do que fizeram os liberais. Mas também deram classificação mais alta aos “Pensamentos Profundos” absurdos. Na verdade, eles gostaram de todos os tipos de humor, mais que os liberais.
“Fiquei surpreso”, disse Dan Ariely, psicólogo da Universidade Duke que trabalhou na pesquisa ao lado de Elisabeth Malin, estudante da Faculdade Mount Holyoke. “Os conservadores deveriam ser rígidos e menos sofisticados, mas gostaram até mesmo do humor mais complexo”.
Seriam os conservadores mais divertidos? Deveriam os liberais descrever a si mesmos como deficientes de humor? Para investigar essas questões, precisamos aprofundar-nos na ciência do humor (o que não é uma iniciativa engraçada), começando com dois tipos básicos de humor identificados nos anos 1980 por Willibald Ruch, psicólogo da Universidade de Zurique.
A primeira categoria é o humor de resolução incongruente. Ele cobre as piadas e cartuns tradicionais onde a inconveniência do auge da história (o marido que falta ao funeral da esposa) pode ser resolvida com outra informação (ele está jogando golfe). É possível entender a piada com facilidade e muitas vezes há um reforço de estereótipos (o marido obcecado por golfe).
Ruch e outros pesquisadores relataram que esse humor, com sua estrutura ordenada e reforço a estereótipos, apela principalmente a conservadores que evitam a ambigüidade e idéias novas complicadas demais. Também, que foram mais reprimidos e conformistas que os liberais.
Muitos cartuns "Far Side”, esquetes de Monty Python e “Pensamentos Profundos” fazem parte da segunda categoria, o humor “nonsense”. A incongruência do auge da história não é ordenadamente solucionada – a pessoa é livre para aproveitar a ambigüidade e a absurdez do efeito rena ou da afeição de Hambone por golfinhos. Esse humor apelaria mais aos liberais pela “abertura às idéias” e tendência de “buscar novas experiências”.
Então, por que os conservadores gostaram mais do humor de “Pensamentos Profundos” do que os liberais? Uma explicação possível é que a rigidez dos conservadores importou menos que outro aspecto de suas personalidades. Rod Martin, autor de “A Psicologia do Humor”, disse que os resultados do estudo podem refletir outra feição que combina com um gosto por piadas: a alegria.
“Conservadores tendem a ser mais felizes que os liberais em geral”, disse Martin, psicólogo da Universidade de Western Ontario. “Uma percepção conservadora racionaliza a desigualdade social, aceitando o mundo como ele é e tornando-o uma ameaça menor ao seu bem-estar. Enquanto uma percepção liberal leva à insatisfação com o mundo corrente e uma sensação de que as coisas precisam mudar”. Outra explicação possível é que os conservadores, ou pelo menos os de Boston, na verdade são mais flexíveis do que os cientistas sociais acreditam.
Os estudos saudando a não-conformidade e “abertura a idéias” dos liberais foram realizados por cientistas sociais trabalhando em uma cultura extremamente homogênea em relação à política. Na área de ciências sociais e entre acadêmicos de humanidades, há uma proporção de pelo menos sete democratas para cada republicano, segundo estudo de Daniel Klein, economista da Universidade George Mason. Se você é um professor que realmente “busca novas experiências”, tente visitar um clube de acadêmicos hoje e distribuir folhetos McCain-Palin.
Seria possível que a imagem dos conservadores como neuróticos dogmáticos desprovidos de humor fosse baseada em preconceitos políticos no lugar da ciência social? Philip Tetlock, psicólogo da Universidade da Califórnia, Berkeley, disse que mesmo havendo diferenças válidas, “liberais e conservadores têm as mentes igualmente fechadas para lidar com evidências dissonantes do mundo real”.
Então, talvez os conservadores não sejam mal-humorados. Pode ser que o estereótipo do conservador rígido e sério tenha mais a ver com o pensamento grupal dos cientistas sociais e sua suspeita em relação aos forasteiros – que, se pensarmos bem, lembra o comportamento de rebanho de certos animais com casco. Senhoras e senhores, o que temos aqui é um assustador exemplo do efeito rena.
fonte: g1
Do 'New York Times'
Liberais ou conservadores, qual deles possuem o melhor senso de humor?
Como é feito em pesquisas experimentais, começamos pedindo a avaliação, em escala de um (nada engraçado) a nove (hilariante), às seguintes três tentativas de humor:
1. Jake está prestes a iniciar uma jogada em um campo de golfe quando passa um longo cortejo fúnebre. Ele pára sua tacada, tira o chapéu, fecha os olhos e se curva para rezar. Seu companheiro de jogo fica profundamente impressionado. “Isso é a coisa mais tocante que já vi”, diz. Jake responde, “é, bom, nós fomos casados por 35 anos”.
2. Deveria haver na ciência o chamado “efeito rena”. Não sei exatamente o que seria, mas imagine que interessante ouvir alguém dizendo: “Senhoras e senhores, o que temos aqui é um assustador exemplo do efeito rena”.
3. Ao ver dois sujeitos chamados Hambone e Flippy, qual deles você apostaria que gostasse mais de golfinhos? Eu diria o Flippy, mas estaria errado... Quem aprecia mais o animal é o Hambone.
Em recente estudo, essas foram algumas das piadas avaliadas por quase 300 pessoas, em Boston, nos Estados Unidos (veja outras perguntas no TierneyLab). Os pesquisadores escolheram uma variedade de piadas (boas, ruins, convencionais e absurdas) para examinar as diferentes reações entre os auto-intitulados liberais e os conservadores.
Eles esperavam que os conservadores gostassem de piadas tradicionais, como a do golfista viúvo, que reforçam estereótipos raciais e sexistas. Por sua vez, os liberais foram previamente descritos como mais flexíveis e abertos a novas idéias. Assim, os pesquisadores acreditavam que eles rissem mais com humor não-convencional, como os “Pensamentos Profundos” de Jack Handey sobre o efeito rena de Hambone.
É verdade, os conservadores avaliaram as piadas tradicionais sobre golfe e mulheres como, significativamente, mais engraçadas do que fizeram os liberais. Mas também deram classificação mais alta aos “Pensamentos Profundos” absurdos. Na verdade, eles gostaram de todos os tipos de humor, mais que os liberais.
“Fiquei surpreso”, disse Dan Ariely, psicólogo da Universidade Duke que trabalhou na pesquisa ao lado de Elisabeth Malin, estudante da Faculdade Mount Holyoke. “Os conservadores deveriam ser rígidos e menos sofisticados, mas gostaram até mesmo do humor mais complexo”.
Seriam os conservadores mais divertidos? Deveriam os liberais descrever a si mesmos como deficientes de humor? Para investigar essas questões, precisamos aprofundar-nos na ciência do humor (o que não é uma iniciativa engraçada), começando com dois tipos básicos de humor identificados nos anos 1980 por Willibald Ruch, psicólogo da Universidade de Zurique.
A primeira categoria é o humor de resolução incongruente. Ele cobre as piadas e cartuns tradicionais onde a inconveniência do auge da história (o marido que falta ao funeral da esposa) pode ser resolvida com outra informação (ele está jogando golfe). É possível entender a piada com facilidade e muitas vezes há um reforço de estereótipos (o marido obcecado por golfe).
Ruch e outros pesquisadores relataram que esse humor, com sua estrutura ordenada e reforço a estereótipos, apela principalmente a conservadores que evitam a ambigüidade e idéias novas complicadas demais. Também, que foram mais reprimidos e conformistas que os liberais.
Muitos cartuns "Far Side”, esquetes de Monty Python e “Pensamentos Profundos” fazem parte da segunda categoria, o humor “nonsense”. A incongruência do auge da história não é ordenadamente solucionada – a pessoa é livre para aproveitar a ambigüidade e a absurdez do efeito rena ou da afeição de Hambone por golfinhos. Esse humor apelaria mais aos liberais pela “abertura às idéias” e tendência de “buscar novas experiências”.
Então, por que os conservadores gostaram mais do humor de “Pensamentos Profundos” do que os liberais? Uma explicação possível é que a rigidez dos conservadores importou menos que outro aspecto de suas personalidades. Rod Martin, autor de “A Psicologia do Humor”, disse que os resultados do estudo podem refletir outra feição que combina com um gosto por piadas: a alegria.
“Conservadores tendem a ser mais felizes que os liberais em geral”, disse Martin, psicólogo da Universidade de Western Ontario. “Uma percepção conservadora racionaliza a desigualdade social, aceitando o mundo como ele é e tornando-o uma ameaça menor ao seu bem-estar. Enquanto uma percepção liberal leva à insatisfação com o mundo corrente e uma sensação de que as coisas precisam mudar”. Outra explicação possível é que os conservadores, ou pelo menos os de Boston, na verdade são mais flexíveis do que os cientistas sociais acreditam.
Os estudos saudando a não-conformidade e “abertura a idéias” dos liberais foram realizados por cientistas sociais trabalhando em uma cultura extremamente homogênea em relação à política. Na área de ciências sociais e entre acadêmicos de humanidades, há uma proporção de pelo menos sete democratas para cada republicano, segundo estudo de Daniel Klein, economista da Universidade George Mason. Se você é um professor que realmente “busca novas experiências”, tente visitar um clube de acadêmicos hoje e distribuir folhetos McCain-Palin.
Seria possível que a imagem dos conservadores como neuróticos dogmáticos desprovidos de humor fosse baseada em preconceitos políticos no lugar da ciência social? Philip Tetlock, psicólogo da Universidade da Califórnia, Berkeley, disse que mesmo havendo diferenças válidas, “liberais e conservadores têm as mentes igualmente fechadas para lidar com evidências dissonantes do mundo real”.
Então, talvez os conservadores não sejam mal-humorados. Pode ser que o estereótipo do conservador rígido e sério tenha mais a ver com o pensamento grupal dos cientistas sociais e sua suspeita em relação aos forasteiros – que, se pensarmos bem, lembra o comportamento de rebanho de certos animais com casco. Senhoras e senhores, o que temos aqui é um assustador exemplo do efeito rena.
fonte: g1
Labels:
discordianismo,
fnord,
nada é o que parece,
operação:mindfuck
Thursday, November 20, 2008
O Amigo Socialista
por Pedro Ivo
Daniel, o meu amigo socialista. Ele aparecia vez ou outra lá em casa sem ser convidado. E caso o meu pai estivesse na sala vendo a Globo, o rapaz se prostrava em frente à TV com o punho erguido, em sinal de protesto. Ficava assim, parado, sem dizer nada. Só saía de lá quando meu pai atirava o controle remoto nele.
- Ô menino chato. Vai catar um emprego, seu bosta.
Apesar de tudo, eu gostava do Daniel. O sujeito era caladão, circunspecto; praticamente um amigo imaginário.
- Daniel, vamos jogar Banco Imobiliário?
- Diversão pequeno-burguesa? Não, obrigado.
- Vamos lá. Depois eu deixo você panfletar pra minha família.
- Que venha o Banco Imobiliário.
Trouxe o jogo. Daniel rolou o dado e começou a andar lentamente as casas.
- “Caminhando e cantando essa mesma canção…”
- Peraí, Daniel. Vai ficar fazendo passeata com o peão? Anda logo.
- “somos todos iguais…” Parei no Brooklyn. O que eu faço aqui?
- Esse bairro é meu. Me paga 20 cruzeiros.
- Não reconheço o seu direito à propriedade.
- Vá pra porra. Me dá 20 cruzeiros.
Daniel pegou todos os peões do jogo e pôs eles em cima do tabuleiro.
- O que você está fazendo?
- Estou promovendo uma revolução armada. Seu bairro foi confiscado pela minha milícia.
- Mas você não pode fazer isso. É contra as regras do Banco Imobiliário.
- Eu sei. É que a partir de agora estamos jogando o Banco do Proletariado.
- E como isso funciona?
- Bem, você pode ir pra onde quiser. Não há turnos, ninguém precisa jogar dados e nem pagar nada pra ninguém.
- Qual o objetivo então?
- Sei lá… Vamos sair espalhando essas casinhas verdes pelo tabuleiro. Habitações populares. As pessoas terão onde morar.
Qual era a desse sujeito? Além de confiscar o meu Brooklyn, ele agora estava emporcalhando o jogo com esses conjuntos habitacionais. Isso não podia ficar assim. Peguei o peão dele e coloquei na cadeia. Daniel era agora um preso político. Fui na cozinha e trouxe pão e água para o rapaz. Expliquei que ele deveria viver em exílio no porão aqui de casa até as coisas se acalmarem. E ainda que resignado, Daniel aceitou sua condição, se retirando em exílio. De vez em quando ele colocava a cabeça pra fora e dava um sinal de vida.
- Ei, já faz uma semana que estou aqui. Como andam as coisas?
- A barra ainda está pesadíssima, Daniel, pesadíssima.
- Reivindico anistia!
- É mesmo? Guardas, um subversivo!
Ele então voltava assustado para o porão. E assim se passaram meses, anos. Até que ele saiu de lá, puto da vida, com uma barba imensa e um fedor de urina insuportável.
- Cansei de brincar.
Daniel, o meu amigo socialista. Ele aparecia vez ou outra lá em casa sem ser convidado. E caso o meu pai estivesse na sala vendo a Globo, o rapaz se prostrava em frente à TV com o punho erguido, em sinal de protesto. Ficava assim, parado, sem dizer nada. Só saía de lá quando meu pai atirava o controle remoto nele.
- Ô menino chato. Vai catar um emprego, seu bosta.
Apesar de tudo, eu gostava do Daniel. O sujeito era caladão, circunspecto; praticamente um amigo imaginário.
- Daniel, vamos jogar Banco Imobiliário?
- Diversão pequeno-burguesa? Não, obrigado.
- Vamos lá. Depois eu deixo você panfletar pra minha família.
- Que venha o Banco Imobiliário.
Trouxe o jogo. Daniel rolou o dado e começou a andar lentamente as casas.
- “Caminhando e cantando essa mesma canção…”
- Peraí, Daniel. Vai ficar fazendo passeata com o peão? Anda logo.
- “somos todos iguais…” Parei no Brooklyn. O que eu faço aqui?
- Esse bairro é meu. Me paga 20 cruzeiros.
- Não reconheço o seu direito à propriedade.
- Vá pra porra. Me dá 20 cruzeiros.
Daniel pegou todos os peões do jogo e pôs eles em cima do tabuleiro.
- O que você está fazendo?
- Estou promovendo uma revolução armada. Seu bairro foi confiscado pela minha milícia.
- Mas você não pode fazer isso. É contra as regras do Banco Imobiliário.
- Eu sei. É que a partir de agora estamos jogando o Banco do Proletariado.
- E como isso funciona?
- Bem, você pode ir pra onde quiser. Não há turnos, ninguém precisa jogar dados e nem pagar nada pra ninguém.
- Qual o objetivo então?
- Sei lá… Vamos sair espalhando essas casinhas verdes pelo tabuleiro. Habitações populares. As pessoas terão onde morar.
Qual era a desse sujeito? Além de confiscar o meu Brooklyn, ele agora estava emporcalhando o jogo com esses conjuntos habitacionais. Isso não podia ficar assim. Peguei o peão dele e coloquei na cadeia. Daniel era agora um preso político. Fui na cozinha e trouxe pão e água para o rapaz. Expliquei que ele deveria viver em exílio no porão aqui de casa até as coisas se acalmarem. E ainda que resignado, Daniel aceitou sua condição, se retirando em exílio. De vez em quando ele colocava a cabeça pra fora e dava um sinal de vida.
- Ei, já faz uma semana que estou aqui. Como andam as coisas?
- A barra ainda está pesadíssima, Daniel, pesadíssima.
- Reivindico anistia!
- É mesmo? Guardas, um subversivo!
Ele então voltava assustado para o porão. E assim se passaram meses, anos. Até que ele saiu de lá, puto da vida, com uma barba imensa e um fedor de urina insuportável.
- Cansei de brincar.
Tuesday, November 11, 2008
Flash Mob Anti-vigilantes
Sexta, 14 de novembro, às 18 hs, acontecerá a primeira flash mob pela liberdade na Internet, contra o Projeto do Azeredo.
Em São Paulo as pessoas se reunirão por 30 segundos no canteiro central da Av. Paulista em frente o Objetivo (altura do número 900).
No Rio de Janeiro a reunião será na Cinelândia, em frente à Camara Municipal.
Para participar os manifestantes devem trazer uma folha de sulfite escrito NÃO AO PL AZEREDO. O pessoal do Azeredo e a Febraban querem aprovar o projeto na próxima semana.
fontes:
[commons based peer production]
shortText
Em São Paulo as pessoas se reunirão por 30 segundos no canteiro central da Av. Paulista em frente o Objetivo (altura do número 900).
No Rio de Janeiro a reunião será na Cinelândia, em frente à Camara Municipal.
Para participar os manifestantes devem trazer uma folha de sulfite escrito NÃO AO PL AZEREDO. O pessoal do Azeredo e a Febraban querem aprovar o projeto na próxima semana.
fontes:
[commons based peer production]
shortText
Friday, October 24, 2008
Le Fórum Absurd
->-=+<-
discordianismo, hihicronedismo, qualquercoisaismo, cultura freak, etcétera...
:::
Vagabundos do Dharma Nonadistas, uni-vos!
Filie-se ao P.I.P.A.! -> Partido Interestelar Parrachiano zenAnarco-Discordiano <-
:::
e Vote Sempre 2,3 para Deusa!
:::
->-=+<-
discordianismo, hihicronedismo, qualquercoisaismo, cultura freak, etcétera...
:::
Vagabundos do Dharma Nonadistas, uni-vos!
Filie-se ao P.I.P.A.! -> Partido Interestelar Parrachiano zenAnarco-Discordiano <-
:::
e Vote Sempre 2,3 para Deusa!
:::
->-=+<-
Labels:
altihihicronedismo psy,
cultura freak,
nonadismo
Thursday, October 16, 2008
RIP: documentário mostra importância dos mashups e da “cultura do remix”
RIP: Remix Manifesto é um documentário sobre a importância dos mashups e da “cultura do remix“.
Dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, que criou o projeto Open Source Cinema, o documentário conta com participações do ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil, o advogado Lawrence Lessig e o crítico cultural Cory Doctorow.
Dentro da idéia de “cultura do remix“, alguns trechos do documentário estão disponíveis para download para quem quiser remixá-los com outros conteúdos.
A própria produção do Remix Manifesto seguiu com uma dinâmica aberta, com o uso de wikis e blogs, onde as pessoas podiam opinar no roteiro.
O documentário estréia nesta semana no Canadá. O trailer segue abaixo.
fonte: Tiago Dória Weblog
Dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, que criou o projeto Open Source Cinema, o documentário conta com participações do ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil, o advogado Lawrence Lessig e o crítico cultural Cory Doctorow.
Dentro da idéia de “cultura do remix“, alguns trechos do documentário estão disponíveis para download para quem quiser remixá-los com outros conteúdos.
A própria produção do Remix Manifesto seguiu com uma dinâmica aberta, com o uso de wikis e blogs, onde as pessoas podiam opinar no roteiro.
O documentário estréia nesta semana no Canadá. O trailer segue abaixo.
fonte: Tiago Dória Weblog
Labels:
ciberativismo,
copyfight,
copyleft,
cultura do remix,
kopyleft,
mashup,
RIP: Remix Manifesto
Friday, August 15, 2008
Pirate Bay ganha mais tráfego na Itália após bloqueio
Mais um caso para a categoria “e o feitiço voltou-se contra o feiticeiro”: a decisão do governo da Itália em bloquear o Pirate Bay, um dos mais conhecidos sites de torrent do planeta, saiu pela culatra.
A medida, colocada em prática no dia 08 deste mês, aconteceu duas semanas após o Columbo-BT, maior site de torrents do país, ter sido colocado fora de serviço.
A ação saiu dos eixos quando o bloqueio ao Pirate Bay ganhou a mídia; o site, que não era tão popular assim na Itália, ganhou mais tráfego e subiu posições em rankings de sites como o Alexa. Proibição burlada graças as contra-medidas tomadas pelos cabeças do torrent tracker sueco, que, mais uma vez, deram a cara a tapa.
Até agora, o placar está assim: 0 Máfia x Piratas 01010101.
fonte: GOMA DE MASCAR.net
A medida, colocada em prática no dia 08 deste mês, aconteceu duas semanas após o Columbo-BT, maior site de torrents do país, ter sido colocado fora de serviço.
A ação saiu dos eixos quando o bloqueio ao Pirate Bay ganhou a mídia; o site, que não era tão popular assim na Itália, ganhou mais tráfego e subiu posições em rankings de sites como o Alexa. Proibição burlada graças as contra-medidas tomadas pelos cabeças do torrent tracker sueco, que, mais uma vez, deram a cara a tapa.
Até agora, o placar está assim: 0 Máfia x Piratas 01010101.
fonte: GOMA DE MASCAR.net
Tuesday, August 12, 2008
Youtomb
Youtomb é um projeto do MIT (Massachusetts Institute of Technology), com uma idéia muito simples: mapear quantos e quais vídeos são retirados do Youtube todos os dias (e um pouco a cada minuto) por razões de direitos autorais ou outros. Coisas como: uma apresentação da banda Depeche Mode na TV espanhola na década de 80; os membros do Abba cantando "Chiquitita" na sala de estar de alguma casa; comentários sobre a eleição norte-americana ou uma passeata de bibliotecários. É uma espécie de mapa de tudo aquilo que você poderia ter visto, mas já não pode mais.
via ninagaz
via ninagaz
Friday, August 08, 2008
Tuesday, July 15, 2008
Pirata na web "reinventa capitalismo", diz autor
A pirataria na web não representa a derrocada do capitalismo, mas sua salvação. Basta que os empresários se adaptem aos novos métodos trazidos pelos piratas e passem a competir com eles no mercado, em vez de combatê-los nos tribunais.
Essa é a tese do jornalista Matt Mason em seu livro "The Pirate's Dilemma: How Youth Culture Is Reinventing Capitalism" (o dilema dos piratas: como a cultura jovem está reinventando o capitalismo), recém-lançado nos EUA e na Europa. "O livro trata das dores do crescimento da era da informação, de como estamos passando de um modelo econômico baseado na escassez para outro, de abundância", disse Mason, em entrevista à Folha.
"O modo como os jovens se rebelam está mudando. Antes, era com novos tipos de música, como o punk, e hoje é com novos modelos de negócio, com novas redes sociais."
A obra recebeu ótimas críticas de revistas como a "Wired" e a "Business Week" e está disponível para download gratuito em thepiratesdilemma.com. Também há uma palestra do autor, no Google Video (procure por Matt Mason).
O livro chamou ainda a atenção de Jesse Alexander (produtor de "Heroes" e "Lost"), que quer transformar a obra em uma série de TV --já há um teaser no YouTube (procure por "the pirate's dilemma").
Na obra, Mason cita visionários que foram considerados "piratas", como Thomas Edison. "Quando ele inventou o fonógrafo, os músicos, que ganhavam a vida tocando ao vivo, o viram como um 'pirata', porque achavam que aquela invenção os tiraria do negócio."
Ele também mostra como a indústria hollywoodiana --habitualmente feroz contra o download-- deve sua origem ao mesmo tipo de pirataria que hoje tenta coibir, pois fugiu para a costa oeste dos EUA para não pagar royalties das câmeras de filmagem.
fonte: folha online
Essa é a tese do jornalista Matt Mason em seu livro "The Pirate's Dilemma: How Youth Culture Is Reinventing Capitalism" (o dilema dos piratas: como a cultura jovem está reinventando o capitalismo), recém-lançado nos EUA e na Europa. "O livro trata das dores do crescimento da era da informação, de como estamos passando de um modelo econômico baseado na escassez para outro, de abundância", disse Mason, em entrevista à Folha.
"O modo como os jovens se rebelam está mudando. Antes, era com novos tipos de música, como o punk, e hoje é com novos modelos de negócio, com novas redes sociais."
A obra recebeu ótimas críticas de revistas como a "Wired" e a "Business Week" e está disponível para download gratuito em thepiratesdilemma.com. Também há uma palestra do autor, no Google Video (procure por Matt Mason).
O livro chamou ainda a atenção de Jesse Alexander (produtor de "Heroes" e "Lost"), que quer transformar a obra em uma série de TV --já há um teaser no YouTube (procure por "the pirate's dilemma").
Na obra, Mason cita visionários que foram considerados "piratas", como Thomas Edison. "Quando ele inventou o fonógrafo, os músicos, que ganhavam a vida tocando ao vivo, o viram como um 'pirata', porque achavam que aquela invenção os tiraria do negócio."
Ele também mostra como a indústria hollywoodiana --habitualmente feroz contra o download-- deve sua origem ao mesmo tipo de pirataria que hoje tenta coibir, pois fugiu para a costa oeste dos EUA para não pagar royalties das câmeras de filmagem.
fonte: folha online
Monday, July 14, 2008
A2K Brasil
O A2K Brasil é um projeto do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV DIREITO RIO, que busca incentivar uma discussão democrática sobre propriedade intelectual, com destaque a acesso a conhecimento (A2K ou access to knowledge) e limitações e exceções aos direitos autorais, de modo a trazer um equilíbrio entre a proteção a direitos autorais e o acesso a conhecimento. O projeto visa a proteger as liberdades civis e conscientizar a população sobre seus direitos, através do equilíbrio entre o interesse privado e o interesse público.
Em parceria com o Ministério da Cultura, o projeto A2K tem como objetivo elaborar uma proposta para alteração da lei de direitos autorais a fim de implementar certas flexibilidades autorizadas por tratados e convenções internacionais. O objetivo é promover maior acesso a conhecimento, incluindo, mas não limitado a, material educacional, científico e de pesquisa.
O projeto A2K possui, dentre outras, duas parcerias como pilar : a Coordenação Geral de Direitos Autorais, do Ministério da Cultura, e o IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Em parceria com o Ministério da Cultura, o projeto A2K tem como objetivo elaborar uma proposta para alteração da lei de direitos autorais a fim de implementar certas flexibilidades autorizadas por tratados e convenções internacionais. O objetivo é promover maior acesso a conhecimento, incluindo, mas não limitado a, material educacional, científico e de pesquisa.
O projeto A2K possui, dentre outras, duas parcerias como pilar : a Coordenação Geral de Direitos Autorais, do Ministério da Cultura, e o IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Monday, July 07, 2008
O FUTURO DO COPYRIGHT
de RASMUS FLEISCHER
Em que medida é relevante afirmar que somos “a favor” ou contra o copyright? Tanto a estabilização como a abolição do copyright parecem estar fora de alcance. Tudo o que nos é dado a ver é uma linha de montagem aparentemente interminável de novas extensões à lei que estão a ser actualmente propostas e implementadas. A proposta mais recente é “o Acordo de Comércio Anti-Contrafacção” (ACTA) [1], agendado para discussão no encontro do G8 no próximo mês em Tóquio, que inclui uma cláusula conhecida como “a arma para acabar com o Pirate Bay” que poderá obrigar os países a criminalizarem os serviços que possam facilitar infracções ao copyright, mesmo se estes não tenham fins comerciais. Este é apenas um exemplo do modo como o copyright está-se a transformar em algo qualitativamente diferente do que foi em séculos anteriores.
Uma versão muito resumida da história do copyright poderia assemelhar-se a algo como isto: textos (1800), obras (1900), ferramentas (2000). Inicialmente, este direito foi concebido para regular a utilização de uma única máquina: a imprensa. Como tal, referia-se apenas à reprodução de textos e material impresso, sem interferir com os seus usos subsequentes. Contudo, por volta de 1900 o copyright foi drasticamente ampliado de forma a abranger obras, independentemente de qualquer medium específico. Isto abriu espaço para as organizações de gestão colectiva de direitos. Sob a sua direcção, desenvolveram-se regras de copyright extremamente específicas tendo em conta cada novo medium: cinema, gramofone, rádio e por aí fora. Esta diferenciação foi posta em causa com o surgimento da Internet e desde o ano 2000 que o copyright tem sido empurrado num novo sentido, passando a regular o acesso às ferramentas de uma forma muito mais arbitrária do que alguém poderia ter sequer imaginado na era pré-digital.
Esta alteração deriva do facto de vários media distintos serem actualmente simulados por um único medium, a Internet, e o copyright parece ser simplesmente incapaz de se adaptar a isto. Pensem na radiodifusão e nas lojas de discos, quando em tempos eram coisas completamente diferentes. Os seus equivalentes online são conhecidos por “streaming” e “downloading“, respectivamente, mas esta distinção acaba por ser artificial uma vez que a mesma transferência de dados ocorre em ambas as situações. A única diferença essencial reside no modo como o software se encontra configurado no receptor final. Se o software guarda a música como um ficheiro para posterior utilização, dá-se a designação de “download.” Se o software envia imediatamente a música para os altifalantes, dá-se o nome de “streaming.”
Contudo, o receptor pode sempre optar por transformar o stream num ficheiro digital. Trata-se de um processo simples e legal, não muito diferente do que gravar a música que passa na rádio para uma cassete. O que hoje em dia tanto atemoriza a indústria discográfica é a possibilidade dos utilizadores “identificarem e separarem automaticamente faixas individuais emitidas por transmissões digitais e guardá-las para serem mais tarde reproduzidas na ordem que quiser.” [2] Por outras palavras, elas receiam que a distinção entre streaming e downloading seja exposta como uma grande farsa.
Por exemplo, a empresa sueca Chilirec fornece um serviço online gratuito em franco crescimento que ajuda os utilizadores a gravarem streams de áudio digital.[3] Depois de escolhermos entre centenas de estações de rádio, teremos rapidamente acesso a milhares de ficheiros MP3 a partir de um repositório online, elegantemente organizado e correctamente etiquetado, disponível para download. O seu interface e funcionalidade poderiam rapidamente confundir-se com uma aplicação peer-to-peer como o Limewire. Basta ligar-nos para receber os nossos MP3s grátis, sem que ninguém pague um cêntimo que seja a qualquer detentor de direitos. E no entanto, é completamente legal, dado que a Chilirec apenas se limita a automatizar um processo que qualquer um poderá realizar manualmente.
Dividir uma gravação de uma emissão de rádio em faixas individuais e introduzir o título correcto de cada faixa é fácil mas leva muito tempo. A comunidade de código-fonte aberto está constantemente a surgir com ferramentas grátis que simplificam esse processo, como um programa chamado The Last Ripper que pode transformar qualquer serviço de streaming a pedido como o Last.fm numa biblioteca de ficheiros MP3.
Os representantes dos interesses da indústria discográfica estão com medo e recentemente eles passaram a pressionar os governos no sentido de estes criminalizarem essas práticas. Foi sob sua instrução que o denominado PERFORM Act (”Platform Equality and Remedies for Rights Holders in Music Act“) foi introduzido no Senado dos Estados Unidos no ano passado. [4] A lei proposta obrigaria todas as estações de rádio online a encriptarem a transmissão de informação relativa aos ficheiros, como o título da faixa. Contudo, qualquer dado passível de ser visualizado através do ecrã poderia ser à mesma obtido através de software especial, não obstante a encriptação, pelo que seria bastante fácil contornar essas restrições. Daí que o PERFORM Act inclua uma cláusula que proíbe a distribuir desta categoria de software.
Contudo, as pessoas dotadas de alguns conhecimentos de programação não irão necessitar muito mais do que combinar algumas bibliotecas de código facilmente acessíveis e perfeitamente legais em si mesmas para compilar a sua própria ferramenta de gravação de streams capaz de contornar o PERFORM Act. De modo a que leis como esta sejam eficazes, será também necessário censurar a troca de conhecimentos que possam potencialmente servir para programar software ilegal. O círculo de proibições pode ser ainda mais vasto: As tecnologias de impressão digital acústica, que em si não violam em nada o copyright mas que podem ser usadas para a mesma identificação de faixas individuais que as editoras tanto receiam, também devem ser provavelmente bloqueadas.
Este efeito dominó capta a essência do maximalismo do copyright: cada lei obsoleta faz com que surga um apelo em favor de pelo menos uma nova lei ainda mais radical do que a anterior. No século XXI, o copyright tende a preocupar-se menos com casos concretos de infracção e mais com a criminalização de toda uma série de tecnologias devido aos seus potenciais usos. Esta evolução limita a liberdade de escolha que as licenças Creative Commons se destinam a concretizar. Do mesmo modo, ela também acabará por refrear gravemente a inovação, uma vez que o estatuto legal das novas tecnologias será sempre incerto segundo os termos de leis ainda mais agressivas.
As agências de combate à pirataria estão hoje em dia a atacar severamente diferentes tipos de motores de busca, apenas porque eles disponibilizam ligações para ficheiros que poderão estar protegidos pelo copyright. Isto inclui o caso bizarro contra o tracker sueco de BitTorrent Pirate Bay, como os processos recentes conta o Yahoo! China e o Baidu. Apenas o Google permanece consideravelmente intocável, apesar de actuar na mesma zona cinzenta do copyright. Por exemplo, o modelo de negócio do Google Books consiste em disponibilizar milhões de páginas de livros que se encontram ainda abrangidos pelo copyright bem como os que já caíram no domínio público no âmbito de um plano de negócio assente na publicidade.
Zonas cinzentas como estas são omnipresentes no copyright do século XXI. Uma das razões para esta evolução reside no estatuto actual incerto da própria ideia de copiar. Contrastem o mundo de hoje com a época dourada do copyright, que a traços largos durou entre 1800 e 1950. Nesse tempo, era fácil fazer cumprir o copyright. O acto de ler um livro encontrava-se bastante distanciado do acto de imprimi-lo. A distinção entre máquinas de impressão e gramofones era um dado certo e seguro. Desde então, as coisas mudaram.
Quando em 1944 as tropas americanas libertaram a cidade de Luxemburgo, eles encontraram um objecto peculiar: uma máquina capaz de gravar som em fitas magnéticas. Pouco tempo depois da guerra, esta invenção militar germânica começou a surgir em casas privadas. Os gravadores de cassetes integravam num único dispositivo a capacidade de audição e reprodução, embora sob a forma de funções autónomas. Com a tecnologia digital, isso deixou de ser assim. Usar informação digital nos dias de hoje significa copiá-la.
Os computadores são máquinas de copiar. Eles não se interessam com o facto da distância física entre o original e a cópia é medida em micrómetros ou em milhas; ambas funcionam igualmente bem para eles. O copyright, por seu lado, precisa de traçar de alguma forma uma linha entre a utilização e a distribuição. Isso significa impor uma grelha imaginária por cima da miríade caótica de nós de rede, delinear conjuntos de dispositivos que podem ser atribuídos a indivíduos ou agregados domésticos.
O que quer que acontece dentro desse conjunto é definido como uso privado, ao passo que qualquer transgressão dessas fronteiras é potencialmente criminosa. Mas o que poderá significar esta divisão rígida entre privado e público para alguém com 400 “amigos” no Facebook?
Outro ponto importante a ter em conta é que o âmbito do digital é mais vasto do que o do online. De acordo com um estudo recente, 95 por cento dos jovens britânicos já partilharam ficheiros copiados de CDs, clientes de instant messaging, telemóveis, sticks de USB, email e discos rígidos portáteis. [5]
Tais práticas constituem a “darknet“, um termo popularizado por quatro investigadores afiliados à Microsoft num artigo brilhante de 2002.[6] A sua tese é muito simples: as pessoas que têm informação e querem partilhá-la entre si acabarão sempre por fazê-lo, através da formação de redes espontâneas que poderão ser grandes ou pequenas, online ou offline. Ao estarem constantemente interligados, eles podem fazer com que o material mais popular esteja constantemente disponível. Quaisquer tentativas no intuito de restringir a infra-estrutura aberta de partilha de ficheiros irão apenas empurrar a partilha de ficheiros para redes mais pequenas e sombrias.
Uma das primeiras darknets foi designada de “sneakernet“, referindo-se à prática de partilhar videocassetes ou disquetes com amigos. Mas a sneakernet não deve ser encarada como uma tecnologia do passado. A capacidade dos dispositivos de alojamento portátil de dados está a aumentar exponencialmente, a um ritmo muito mais acelerado do que a largura de banda da Internet, segundo um princípio conhecido por “Lei de Kryder.” [7] Ontem, a informação disponível nos nossos bolsos era medida em megabytes, hoje já são gigabytes, amanhã serão terabytes e daqui a uns anos serão provavelmente petabytes (uma quantidade extraordinária de informação). Dentro de 10 a 15 anos, um leitor multimédia barato capaz de caber num bolso será provavelmente capaz de guardar toda a música registada em disco jamais editada - imediatamente disponível para ser copiada para o dispositivo de outra pessoa.
Por outras palavras: Caso seja necessário, voltaremos à era da sneakernet. “Penso que isto é uma ‘carta fora do baralho’ que a maioria das pessoas na indústria da música não estão a vislumbrar de todo,” escreve Daniel Johansson, um investigador sueco em partilha de ficheiros. “Quando os fãs de música poderão dizer, ‘ tenho toda a música que vai de 1950 a 2010, queres uma cópia?’ - que tipo de modelos de negócio serão viáveis nessa realidade?” [8]
Actualmente, já temos acesso a mais filmes, música, textos e imagens que alguma vez poderemos incorporar nas nossas vidas. Abandonar este paradigma de abundância para regressar ao velho paradigma da escassez não constitui uma alternativa. Acrescentar mais “conteúdos” não irá produzir qualquer valor cultural ou económico. O que é valioso consiste em disponibilizar um contexto onde as pessoas se possam unir de forma a gerar um sentido dessa abundância.
O mundo digital coloca questões cujas respostas não podem permanecer na esfera do digital. Um dos principais desafios está em relacionar o digital com aquilo que não é digital: tempo, espaço, relações humanas e por aí fora. Kevin Kelly, o primeiro editor executivo da revista Wired colocou bem a questão ao afirmar que quando as cópias são superabundantes, elas deixam de ter valor, ao passo que as coisas que não podem ser copiadas tornam-se escassas e valiosas. O que no fim de contas importa são “valores que não podem ser copiados”, qualidades que são “melhores que grátis.” [9]
A explosão da partilha de ficheiros que teve início por volta do ano 2000 marcou não apenas o início de uma tendência de descida das vendas de discos mas também de um crescimento drástico da despesa com experiências de música ao vivo. Há apenas dez anos atrás, a música ao vivo era amplamente considerada como uma mera forma de promover os discos. Hoje, parece que é precisamente o oposto.
A música está longe de ser um exemplo único que prova como as coisas mudaram. Kelly refere como os escritores dependem cada vez mais do dinheiro que ganham com a sua participação física, em eventos, promovida pelos seus livros que poderão estar muito provavelmente disponíveis de graça. A indústria de jogos de computador compreendeu de que forma se pode ganhar muito dinheiro não através da comercialização de software, mas mediante a venda do acesso a mundos online.
As empresas que adoptaram a velha fórmula da indústria do copyright de vender “conteúdo sem contexto” estão a enfrentar tempos difíceis. “A propriedade intelectual é o petróleo do século XXI,” foi em tempos o lema de Mark Getty, o homem de negócios que usou a fortuna da família conquistada com o petróleo para investir num dos maiores portefólios de copyright do mundo, controlando mais de 60 milhões de imagens. Antes da Getty Images ser vendida a um fundo de investimentos privado, a empresa viu a cotação das suas acções descerem a pique desde o seu valor máximo de 2004.
O fracasso da Getty Images não pode ser atribuído à pirataria, tendo antes a ver com a massificação das câmaras digitais. Os editores tendem cada vez mais a preferir imagens tiradas em cima do momento, sem ter em conta a qualidade da imagem. Controlar uma enorme base de dados de imagens em arquivo torna-se menos relevante quando os jornais querem que a fotografia produza uma sensação de presença em tempo real - uma qualidade impossível de ser copiada.
Face a estas novas realidades, as indústrias do copyright podem em alternativa partir para o ataque. Os primeiros a surgirem no campo de batalha foram os cães de guarda da indústria discográfica, a Associação da Indústria Discográfica Norte-americana (RIAA) e a sua congénere internacional, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Em conjunto, a RIAA e a IFPI estabeleceram a agenda de lobbying da indústria. No topo da sua lista de prioridades encontra-se um conjunto de leis que obriguem os “transportadores de conteúdos digitais” a intervirem no modo como os seus serviços de comunicação são empregues pelos seus utilizadores o que elas chamam de “responsabilidade dos ISPs.” [10] A ACTA poderá em breve oferecer-lhes essa legislação que, basicamente, abrange medidas de dois tipos.
Uma é simplesmente a censura da rede. Em vários países europeus a IFPI está já a levar os ISPs à barra do tribunal para obrigá-los a bloquear o acesso a motores de pesquisa como o Pirate Bay. Coloca-se então a seguinte questão: Qual deverá ser o próximo site? Esse vespeiro de violações ao copyright chamado YouTube? Provavelmente não, mas estas ameaças implícitas estão cada vez mais a ser usadas pelas indústrias do copyright na sua busca incessante para acordos de licenciamento lucrativos mas unilaterais.
Ainda mais alarmante do que isto, contudo, a própria existência de uma lista negra para a Internet irá constantemente seduzir os políticos a alargarem os usos incluídos nessa lista a todos os tipos de sites moral ou politicamente inconvenientes. O Comissário da União Europeia para a Justiça Franco Frattini está já a tentar censurar a informação online sobre o fabrico de bombas. [11] No entanto, a censura pode ser contornada, como ficou demonstrado na Dinamarca, onde um número maior de pessoas passou a usar o Pirate Bay depois da implementação de um bloqueio ordenado por um tribunal.
Em segundo lugar, o grupo de pressão contra a pirataria quer obter a autorização para obrigar os ISPs a cortarem o acesso aos utilizadores e a ceder-lhes as identidades dos seus assinantes sempre que o desejarem. Infelizmente, as críticas tecidas a este tipo de medidas limitaram-se até agora a questões relativas á violação da privacidade. Embora a privacidade seja um motivo de receio válido, existem outras razões para desconfiar desta medida.
Antes de tudo, convém lembrar que a Internet não é uma rede de pessoas mas de computadores. Qualquer nó na rede não constitui necessariamente um ponto terminal mas uma potencial porta que dá acesso a uma sub-rede. É habitual que empresas e bairros instalem uma ligação de fibra óptica e a partilhem através de um router. O administrador da rede local é o único que pode fazer remontar determinadas actividades online a um utilizador em concreto. Por outras palavras, o anonimato irá permanecer uma possibilidade.
Contudo, em nome da responsabilidade dos ISPs, virtualmente quase todo o utilizador da Internet poderá ser chamado à colação. Nas discussões a respeito da responsabilidade dos ISPs, é crucial lembrar-nos de que os grandes operadores de telecomunicações estão longe de serem os únicos “operadores de redes e serviços de comunicações electrónicas.” Esta é a definição concreta de um ISP no círculo interno da burocracia da União Europeia mas à luz desta definição nós também poderemos ser um ISP. A lei Digital Millennium Copyright Act dos Estados Unidos é igualmente vaga: ela define um “fornecedor de serviço” como sendo um “fornecedor de serviços online ou de acesso a redes, ou o operador das instalações necessárias para tal,” o que poderá levar muitos a especularem se bibliotecas, empregadores ou indivíduos privados proprietários de routers podem também ser considerados ISPs.
Tendo em conta uma definição tão abrangente, qualquer empresa ou pessoa que partilhe uma ligação à rede, bem como quem quer que aloje um blog ou um fórum online poderia, em nome da “responsabilidade dos ISPs”, ser obrigado a registar as identidades dos utilizadores e a entregá-las às entidades responsáveis por fazer cumprir o copyright sempre que lhes fosse solicitado. O possível leque de abusos é enorme. Quaisquer tentativas no sentido de salvar um sistema já de si obsoleto apenas irão conduzir a uma sequência ainda mais absurda de leis subsequentes.
Enquanto isso e como consequência do ataque aos infractores em pequena escala do copyright, as darknets irão proliferar e a procura por novas técnicas de anonimato irá permanecer elevada. Mas os que mais tentarão tirar partido dessa situação serão os verdadeiros criminosos, incluindo os terroristas, ao passo que a Internet legítima poderá fragmentar-se e perder o seu carácter libertário e aberto.
A aplicação do copyright enfraquece o cumprimento da justiça em geral. E é dispendiosa. O tratado ACTA proposto irá criar legislação internacional no sentido de transformar os guardas das fronteiras em polícias do copyright encarregados de revistarem computadores portáteis, iPods e outros dispositivos em busca de conteúdos potencialmente ilegais e dotados de autoridade para confiscar e destruir equipamento sem que tenham sequer de obter uma queixa de um detentor de direitos.
Não deixa de ser característico da desonestidade patente no copyright que a ACTA tenha sido promovida como um tratado destinado a defender as pessoas do perigo de medicamentos falsos, o que tem muito pouco a ver com questões como a “responsalidade dos ISPs.” Apesar das patentes, marcas registadas e copyright serem bastante diferentes entre si em vários aspectos, o grupo de pressão da indústria do copyright prefere apresentar as suas medidas draconianas como uma questão de “propriedade intelectual” em geral.
A verdadeira disputa, mais uma vez, não é entre os proponentes e os oponentes do copyright como um todo. É entre os crentes e os não crentes. Quem acredita no copyright continua a sonhar com a criação de uma simulação digital de uma economia dos direitos de autor do século XX, baseada na escassez e com limites bem nítidos entre radiodifusão e vendas unitárias. Eu não acredito que essa estabilização irá alguma vez ocorrer, mas receio que esta visão de uma utopia do copyright esteja a desencadear uma escalada de leis que ameaçam entrar fora de controlo e prejudicar as liberdades civis. Aceitar uma atitude laissez-faire em relação ao desenvolvimento de software e à infra-estrutura de comunicação pode evitar essa escalada.
A partilha não autorizada de ficheiros irá prevalecer nas darknets, online ou offline. Por outro lado, certas actividades não digitais, como a edição de livros, irão continuar a funcionar relativamente bem de acordo com os termos do copyright clássico concebido a pensar na imprensa escrita. Contudo, outros sectores como o software e a música caracterizam-se por uma competição complexa entre diferentes modelos, onde alguns ganham dinheiro com a venda de unidades copiáveis, ao passo que outros lucram com o fornecimento de serviços impossíveis de serem copiados. O mais provável é que tenhamos que viver neste cenário marcado por zonas cinzentas durante bastante tempo, para o mal e para o bem.
As práticas criativas, não obstante algumas excepções, prosperam onde a abundância digital está ligada a qualidades escassas como o tempo e o espaço. Mas nunca iremos conseguir arranjar um modelo de negócio universal para um mundo sem copyright. A questão mais urgente diz respeito ao preço que teremos que pagar por prolongar o fantasma de um copyright universal.
Notas
[1] IP Justice: Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA).
[2] IFPI: “Digital Music Report 2007?, p. 20.
[3] http://www.chilirec.com/
[4] http://feinstein.senate.gov/06releases/r-dig-music.htm
[5] Katie Allen: “Home copying - burnt into teenage psyche.” The Guardian, April 7, 2008.
[6] Peter Biddle, Paul England, Marcus Peinado und Bryan Willman: “The Darknet and the Future of Content Distribution.”
[7] Chip Walter, “Kryder’s Law.” Scientific American, July, 2005.
[8] Daniel Johansson: “The Future of Private Copying.” Digital Renaissance, March 27th, 2008.
[9] Kevin Kelly, “Better than free.”
[10] IFPI: “Digital Music Report 2008.”
[11] “Website bomb-making lessons to be outlawed across Europe” Times online, July 4, 2007.
Autor deste texto: Ramus Fleischer
Estudante de doutoramento em história, ele é o autor do blog Copyriot e um dos responsáveis pelo Piratbyrån ou “Gabinete de Pirataria”, um think tank de oposição ao direito de autor e cuja história se confunde com o Pirate Bay.
Tradutor para o português: Miguel Caetano
Publicado originalmente no blog português Remixtures.
Em que medida é relevante afirmar que somos “a favor” ou contra o copyright? Tanto a estabilização como a abolição do copyright parecem estar fora de alcance. Tudo o que nos é dado a ver é uma linha de montagem aparentemente interminável de novas extensões à lei que estão a ser actualmente propostas e implementadas. A proposta mais recente é “o Acordo de Comércio Anti-Contrafacção” (ACTA) [1], agendado para discussão no encontro do G8 no próximo mês em Tóquio, que inclui uma cláusula conhecida como “a arma para acabar com o Pirate Bay” que poderá obrigar os países a criminalizarem os serviços que possam facilitar infracções ao copyright, mesmo se estes não tenham fins comerciais. Este é apenas um exemplo do modo como o copyright está-se a transformar em algo qualitativamente diferente do que foi em séculos anteriores.
Uma versão muito resumida da história do copyright poderia assemelhar-se a algo como isto: textos (1800), obras (1900), ferramentas (2000). Inicialmente, este direito foi concebido para regular a utilização de uma única máquina: a imprensa. Como tal, referia-se apenas à reprodução de textos e material impresso, sem interferir com os seus usos subsequentes. Contudo, por volta de 1900 o copyright foi drasticamente ampliado de forma a abranger obras, independentemente de qualquer medium específico. Isto abriu espaço para as organizações de gestão colectiva de direitos. Sob a sua direcção, desenvolveram-se regras de copyright extremamente específicas tendo em conta cada novo medium: cinema, gramofone, rádio e por aí fora. Esta diferenciação foi posta em causa com o surgimento da Internet e desde o ano 2000 que o copyright tem sido empurrado num novo sentido, passando a regular o acesso às ferramentas de uma forma muito mais arbitrária do que alguém poderia ter sequer imaginado na era pré-digital.
Esta alteração deriva do facto de vários media distintos serem actualmente simulados por um único medium, a Internet, e o copyright parece ser simplesmente incapaz de se adaptar a isto. Pensem na radiodifusão e nas lojas de discos, quando em tempos eram coisas completamente diferentes. Os seus equivalentes online são conhecidos por “streaming” e “downloading“, respectivamente, mas esta distinção acaba por ser artificial uma vez que a mesma transferência de dados ocorre em ambas as situações. A única diferença essencial reside no modo como o software se encontra configurado no receptor final. Se o software guarda a música como um ficheiro para posterior utilização, dá-se a designação de “download.” Se o software envia imediatamente a música para os altifalantes, dá-se o nome de “streaming.”
Contudo, o receptor pode sempre optar por transformar o stream num ficheiro digital. Trata-se de um processo simples e legal, não muito diferente do que gravar a música que passa na rádio para uma cassete. O que hoje em dia tanto atemoriza a indústria discográfica é a possibilidade dos utilizadores “identificarem e separarem automaticamente faixas individuais emitidas por transmissões digitais e guardá-las para serem mais tarde reproduzidas na ordem que quiser.” [2] Por outras palavras, elas receiam que a distinção entre streaming e downloading seja exposta como uma grande farsa.
Por exemplo, a empresa sueca Chilirec fornece um serviço online gratuito em franco crescimento que ajuda os utilizadores a gravarem streams de áudio digital.[3] Depois de escolhermos entre centenas de estações de rádio, teremos rapidamente acesso a milhares de ficheiros MP3 a partir de um repositório online, elegantemente organizado e correctamente etiquetado, disponível para download. O seu interface e funcionalidade poderiam rapidamente confundir-se com uma aplicação peer-to-peer como o Limewire. Basta ligar-nos para receber os nossos MP3s grátis, sem que ninguém pague um cêntimo que seja a qualquer detentor de direitos. E no entanto, é completamente legal, dado que a Chilirec apenas se limita a automatizar um processo que qualquer um poderá realizar manualmente.
Dividir uma gravação de uma emissão de rádio em faixas individuais e introduzir o título correcto de cada faixa é fácil mas leva muito tempo. A comunidade de código-fonte aberto está constantemente a surgir com ferramentas grátis que simplificam esse processo, como um programa chamado The Last Ripper que pode transformar qualquer serviço de streaming a pedido como o Last.fm numa biblioteca de ficheiros MP3.
Os representantes dos interesses da indústria discográfica estão com medo e recentemente eles passaram a pressionar os governos no sentido de estes criminalizarem essas práticas. Foi sob sua instrução que o denominado PERFORM Act (”Platform Equality and Remedies for Rights Holders in Music Act“) foi introduzido no Senado dos Estados Unidos no ano passado. [4] A lei proposta obrigaria todas as estações de rádio online a encriptarem a transmissão de informação relativa aos ficheiros, como o título da faixa. Contudo, qualquer dado passível de ser visualizado através do ecrã poderia ser à mesma obtido através de software especial, não obstante a encriptação, pelo que seria bastante fácil contornar essas restrições. Daí que o PERFORM Act inclua uma cláusula que proíbe a distribuir desta categoria de software.
Contudo, as pessoas dotadas de alguns conhecimentos de programação não irão necessitar muito mais do que combinar algumas bibliotecas de código facilmente acessíveis e perfeitamente legais em si mesmas para compilar a sua própria ferramenta de gravação de streams capaz de contornar o PERFORM Act. De modo a que leis como esta sejam eficazes, será também necessário censurar a troca de conhecimentos que possam potencialmente servir para programar software ilegal. O círculo de proibições pode ser ainda mais vasto: As tecnologias de impressão digital acústica, que em si não violam em nada o copyright mas que podem ser usadas para a mesma identificação de faixas individuais que as editoras tanto receiam, também devem ser provavelmente bloqueadas.
Este efeito dominó capta a essência do maximalismo do copyright: cada lei obsoleta faz com que surga um apelo em favor de pelo menos uma nova lei ainda mais radical do que a anterior. No século XXI, o copyright tende a preocupar-se menos com casos concretos de infracção e mais com a criminalização de toda uma série de tecnologias devido aos seus potenciais usos. Esta evolução limita a liberdade de escolha que as licenças Creative Commons se destinam a concretizar. Do mesmo modo, ela também acabará por refrear gravemente a inovação, uma vez que o estatuto legal das novas tecnologias será sempre incerto segundo os termos de leis ainda mais agressivas.
As agências de combate à pirataria estão hoje em dia a atacar severamente diferentes tipos de motores de busca, apenas porque eles disponibilizam ligações para ficheiros que poderão estar protegidos pelo copyright. Isto inclui o caso bizarro contra o tracker sueco de BitTorrent Pirate Bay, como os processos recentes conta o Yahoo! China e o Baidu. Apenas o Google permanece consideravelmente intocável, apesar de actuar na mesma zona cinzenta do copyright. Por exemplo, o modelo de negócio do Google Books consiste em disponibilizar milhões de páginas de livros que se encontram ainda abrangidos pelo copyright bem como os que já caíram no domínio público no âmbito de um plano de negócio assente na publicidade.
Zonas cinzentas como estas são omnipresentes no copyright do século XXI. Uma das razões para esta evolução reside no estatuto actual incerto da própria ideia de copiar. Contrastem o mundo de hoje com a época dourada do copyright, que a traços largos durou entre 1800 e 1950. Nesse tempo, era fácil fazer cumprir o copyright. O acto de ler um livro encontrava-se bastante distanciado do acto de imprimi-lo. A distinção entre máquinas de impressão e gramofones era um dado certo e seguro. Desde então, as coisas mudaram.
Quando em 1944 as tropas americanas libertaram a cidade de Luxemburgo, eles encontraram um objecto peculiar: uma máquina capaz de gravar som em fitas magnéticas. Pouco tempo depois da guerra, esta invenção militar germânica começou a surgir em casas privadas. Os gravadores de cassetes integravam num único dispositivo a capacidade de audição e reprodução, embora sob a forma de funções autónomas. Com a tecnologia digital, isso deixou de ser assim. Usar informação digital nos dias de hoje significa copiá-la.
Os computadores são máquinas de copiar. Eles não se interessam com o facto da distância física entre o original e a cópia é medida em micrómetros ou em milhas; ambas funcionam igualmente bem para eles. O copyright, por seu lado, precisa de traçar de alguma forma uma linha entre a utilização e a distribuição. Isso significa impor uma grelha imaginária por cima da miríade caótica de nós de rede, delinear conjuntos de dispositivos que podem ser atribuídos a indivíduos ou agregados domésticos.
O que quer que acontece dentro desse conjunto é definido como uso privado, ao passo que qualquer transgressão dessas fronteiras é potencialmente criminosa. Mas o que poderá significar esta divisão rígida entre privado e público para alguém com 400 “amigos” no Facebook?
Outro ponto importante a ter em conta é que o âmbito do digital é mais vasto do que o do online. De acordo com um estudo recente, 95 por cento dos jovens britânicos já partilharam ficheiros copiados de CDs, clientes de instant messaging, telemóveis, sticks de USB, email e discos rígidos portáteis. [5]
Tais práticas constituem a “darknet“, um termo popularizado por quatro investigadores afiliados à Microsoft num artigo brilhante de 2002.[6] A sua tese é muito simples: as pessoas que têm informação e querem partilhá-la entre si acabarão sempre por fazê-lo, através da formação de redes espontâneas que poderão ser grandes ou pequenas, online ou offline. Ao estarem constantemente interligados, eles podem fazer com que o material mais popular esteja constantemente disponível. Quaisquer tentativas no intuito de restringir a infra-estrutura aberta de partilha de ficheiros irão apenas empurrar a partilha de ficheiros para redes mais pequenas e sombrias.
Uma das primeiras darknets foi designada de “sneakernet“, referindo-se à prática de partilhar videocassetes ou disquetes com amigos. Mas a sneakernet não deve ser encarada como uma tecnologia do passado. A capacidade dos dispositivos de alojamento portátil de dados está a aumentar exponencialmente, a um ritmo muito mais acelerado do que a largura de banda da Internet, segundo um princípio conhecido por “Lei de Kryder.” [7] Ontem, a informação disponível nos nossos bolsos era medida em megabytes, hoje já são gigabytes, amanhã serão terabytes e daqui a uns anos serão provavelmente petabytes (uma quantidade extraordinária de informação). Dentro de 10 a 15 anos, um leitor multimédia barato capaz de caber num bolso será provavelmente capaz de guardar toda a música registada em disco jamais editada - imediatamente disponível para ser copiada para o dispositivo de outra pessoa.
Por outras palavras: Caso seja necessário, voltaremos à era da sneakernet. “Penso que isto é uma ‘carta fora do baralho’ que a maioria das pessoas na indústria da música não estão a vislumbrar de todo,” escreve Daniel Johansson, um investigador sueco em partilha de ficheiros. “Quando os fãs de música poderão dizer, ‘ tenho toda a música que vai de 1950 a 2010, queres uma cópia?’ - que tipo de modelos de negócio serão viáveis nessa realidade?” [8]
Actualmente, já temos acesso a mais filmes, música, textos e imagens que alguma vez poderemos incorporar nas nossas vidas. Abandonar este paradigma de abundância para regressar ao velho paradigma da escassez não constitui uma alternativa. Acrescentar mais “conteúdos” não irá produzir qualquer valor cultural ou económico. O que é valioso consiste em disponibilizar um contexto onde as pessoas se possam unir de forma a gerar um sentido dessa abundância.
O mundo digital coloca questões cujas respostas não podem permanecer na esfera do digital. Um dos principais desafios está em relacionar o digital com aquilo que não é digital: tempo, espaço, relações humanas e por aí fora. Kevin Kelly, o primeiro editor executivo da revista Wired colocou bem a questão ao afirmar que quando as cópias são superabundantes, elas deixam de ter valor, ao passo que as coisas que não podem ser copiadas tornam-se escassas e valiosas. O que no fim de contas importa são “valores que não podem ser copiados”, qualidades que são “melhores que grátis.” [9]
A explosão da partilha de ficheiros que teve início por volta do ano 2000 marcou não apenas o início de uma tendência de descida das vendas de discos mas também de um crescimento drástico da despesa com experiências de música ao vivo. Há apenas dez anos atrás, a música ao vivo era amplamente considerada como uma mera forma de promover os discos. Hoje, parece que é precisamente o oposto.
A música está longe de ser um exemplo único que prova como as coisas mudaram. Kelly refere como os escritores dependem cada vez mais do dinheiro que ganham com a sua participação física, em eventos, promovida pelos seus livros que poderão estar muito provavelmente disponíveis de graça. A indústria de jogos de computador compreendeu de que forma se pode ganhar muito dinheiro não através da comercialização de software, mas mediante a venda do acesso a mundos online.
As empresas que adoptaram a velha fórmula da indústria do copyright de vender “conteúdo sem contexto” estão a enfrentar tempos difíceis. “A propriedade intelectual é o petróleo do século XXI,” foi em tempos o lema de Mark Getty, o homem de negócios que usou a fortuna da família conquistada com o petróleo para investir num dos maiores portefólios de copyright do mundo, controlando mais de 60 milhões de imagens. Antes da Getty Images ser vendida a um fundo de investimentos privado, a empresa viu a cotação das suas acções descerem a pique desde o seu valor máximo de 2004.
O fracasso da Getty Images não pode ser atribuído à pirataria, tendo antes a ver com a massificação das câmaras digitais. Os editores tendem cada vez mais a preferir imagens tiradas em cima do momento, sem ter em conta a qualidade da imagem. Controlar uma enorme base de dados de imagens em arquivo torna-se menos relevante quando os jornais querem que a fotografia produza uma sensação de presença em tempo real - uma qualidade impossível de ser copiada.
Face a estas novas realidades, as indústrias do copyright podem em alternativa partir para o ataque. Os primeiros a surgirem no campo de batalha foram os cães de guarda da indústria discográfica, a Associação da Indústria Discográfica Norte-americana (RIAA) e a sua congénere internacional, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Em conjunto, a RIAA e a IFPI estabeleceram a agenda de lobbying da indústria. No topo da sua lista de prioridades encontra-se um conjunto de leis que obriguem os “transportadores de conteúdos digitais” a intervirem no modo como os seus serviços de comunicação são empregues pelos seus utilizadores o que elas chamam de “responsabilidade dos ISPs.” [10] A ACTA poderá em breve oferecer-lhes essa legislação que, basicamente, abrange medidas de dois tipos.
Uma é simplesmente a censura da rede. Em vários países europeus a IFPI está já a levar os ISPs à barra do tribunal para obrigá-los a bloquear o acesso a motores de pesquisa como o Pirate Bay. Coloca-se então a seguinte questão: Qual deverá ser o próximo site? Esse vespeiro de violações ao copyright chamado YouTube? Provavelmente não, mas estas ameaças implícitas estão cada vez mais a ser usadas pelas indústrias do copyright na sua busca incessante para acordos de licenciamento lucrativos mas unilaterais.
Ainda mais alarmante do que isto, contudo, a própria existência de uma lista negra para a Internet irá constantemente seduzir os políticos a alargarem os usos incluídos nessa lista a todos os tipos de sites moral ou politicamente inconvenientes. O Comissário da União Europeia para a Justiça Franco Frattini está já a tentar censurar a informação online sobre o fabrico de bombas. [11] No entanto, a censura pode ser contornada, como ficou demonstrado na Dinamarca, onde um número maior de pessoas passou a usar o Pirate Bay depois da implementação de um bloqueio ordenado por um tribunal.
Em segundo lugar, o grupo de pressão contra a pirataria quer obter a autorização para obrigar os ISPs a cortarem o acesso aos utilizadores e a ceder-lhes as identidades dos seus assinantes sempre que o desejarem. Infelizmente, as críticas tecidas a este tipo de medidas limitaram-se até agora a questões relativas á violação da privacidade. Embora a privacidade seja um motivo de receio válido, existem outras razões para desconfiar desta medida.
Antes de tudo, convém lembrar que a Internet não é uma rede de pessoas mas de computadores. Qualquer nó na rede não constitui necessariamente um ponto terminal mas uma potencial porta que dá acesso a uma sub-rede. É habitual que empresas e bairros instalem uma ligação de fibra óptica e a partilhem através de um router. O administrador da rede local é o único que pode fazer remontar determinadas actividades online a um utilizador em concreto. Por outras palavras, o anonimato irá permanecer uma possibilidade.
Contudo, em nome da responsabilidade dos ISPs, virtualmente quase todo o utilizador da Internet poderá ser chamado à colação. Nas discussões a respeito da responsabilidade dos ISPs, é crucial lembrar-nos de que os grandes operadores de telecomunicações estão longe de serem os únicos “operadores de redes e serviços de comunicações electrónicas.” Esta é a definição concreta de um ISP no círculo interno da burocracia da União Europeia mas à luz desta definição nós também poderemos ser um ISP. A lei Digital Millennium Copyright Act dos Estados Unidos é igualmente vaga: ela define um “fornecedor de serviço” como sendo um “fornecedor de serviços online ou de acesso a redes, ou o operador das instalações necessárias para tal,” o que poderá levar muitos a especularem se bibliotecas, empregadores ou indivíduos privados proprietários de routers podem também ser considerados ISPs.
Tendo em conta uma definição tão abrangente, qualquer empresa ou pessoa que partilhe uma ligação à rede, bem como quem quer que aloje um blog ou um fórum online poderia, em nome da “responsabilidade dos ISPs”, ser obrigado a registar as identidades dos utilizadores e a entregá-las às entidades responsáveis por fazer cumprir o copyright sempre que lhes fosse solicitado. O possível leque de abusos é enorme. Quaisquer tentativas no sentido de salvar um sistema já de si obsoleto apenas irão conduzir a uma sequência ainda mais absurda de leis subsequentes.
Enquanto isso e como consequência do ataque aos infractores em pequena escala do copyright, as darknets irão proliferar e a procura por novas técnicas de anonimato irá permanecer elevada. Mas os que mais tentarão tirar partido dessa situação serão os verdadeiros criminosos, incluindo os terroristas, ao passo que a Internet legítima poderá fragmentar-se e perder o seu carácter libertário e aberto.
A aplicação do copyright enfraquece o cumprimento da justiça em geral. E é dispendiosa. O tratado ACTA proposto irá criar legislação internacional no sentido de transformar os guardas das fronteiras em polícias do copyright encarregados de revistarem computadores portáteis, iPods e outros dispositivos em busca de conteúdos potencialmente ilegais e dotados de autoridade para confiscar e destruir equipamento sem que tenham sequer de obter uma queixa de um detentor de direitos.
Não deixa de ser característico da desonestidade patente no copyright que a ACTA tenha sido promovida como um tratado destinado a defender as pessoas do perigo de medicamentos falsos, o que tem muito pouco a ver com questões como a “responsalidade dos ISPs.” Apesar das patentes, marcas registadas e copyright serem bastante diferentes entre si em vários aspectos, o grupo de pressão da indústria do copyright prefere apresentar as suas medidas draconianas como uma questão de “propriedade intelectual” em geral.
A verdadeira disputa, mais uma vez, não é entre os proponentes e os oponentes do copyright como um todo. É entre os crentes e os não crentes. Quem acredita no copyright continua a sonhar com a criação de uma simulação digital de uma economia dos direitos de autor do século XX, baseada na escassez e com limites bem nítidos entre radiodifusão e vendas unitárias. Eu não acredito que essa estabilização irá alguma vez ocorrer, mas receio que esta visão de uma utopia do copyright esteja a desencadear uma escalada de leis que ameaçam entrar fora de controlo e prejudicar as liberdades civis. Aceitar uma atitude laissez-faire em relação ao desenvolvimento de software e à infra-estrutura de comunicação pode evitar essa escalada.
A partilha não autorizada de ficheiros irá prevalecer nas darknets, online ou offline. Por outro lado, certas actividades não digitais, como a edição de livros, irão continuar a funcionar relativamente bem de acordo com os termos do copyright clássico concebido a pensar na imprensa escrita. Contudo, outros sectores como o software e a música caracterizam-se por uma competição complexa entre diferentes modelos, onde alguns ganham dinheiro com a venda de unidades copiáveis, ao passo que outros lucram com o fornecimento de serviços impossíveis de serem copiados. O mais provável é que tenhamos que viver neste cenário marcado por zonas cinzentas durante bastante tempo, para o mal e para o bem.
As práticas criativas, não obstante algumas excepções, prosperam onde a abundância digital está ligada a qualidades escassas como o tempo e o espaço. Mas nunca iremos conseguir arranjar um modelo de negócio universal para um mundo sem copyright. A questão mais urgente diz respeito ao preço que teremos que pagar por prolongar o fantasma de um copyright universal.
Notas
[1] IP Justice: Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA).
[2] IFPI: “Digital Music Report 2007?, p. 20.
[3] http://www.chilirec.com/
[4] http://feinstein.senate.gov/06releases/r-dig-music.htm
[5] Katie Allen: “Home copying - burnt into teenage psyche.” The Guardian, April 7, 2008.
[6] Peter Biddle, Paul England, Marcus Peinado und Bryan Willman: “The Darknet and the Future of Content Distribution.”
[7] Chip Walter, “Kryder’s Law.” Scientific American, July, 2005.
[8] Daniel Johansson: “The Future of Private Copying.” Digital Renaissance, March 27th, 2008.
[9] Kevin Kelly, “Better than free.”
[10] IFPI: “Digital Music Report 2008.”
[11] “Website bomb-making lessons to be outlawed across Europe” Times online, July 4, 2007.
Autor deste texto: Ramus Fleischer
Estudante de doutoramento em história, ele é o autor do blog Copyriot e um dos responsáveis pelo Piratbyrån ou “Gabinete de Pirataria”, um think tank de oposição ao direito de autor e cuja história se confunde com o Pirate Bay.
Tradutor para o português: Miguel Caetano
Publicado originalmente no blog português Remixtures.
Para os senadores da República
Prezados senadores,
Como eleitor, cidadão e professor universitário atuante na área de Comunicação Digital da PUCRS, venho solicitar que votem contra o projeto de cibercrimes que substitui os Projetos de Lei da Câmara 89/2003 e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000 e n. 76/2000.
Com a atual redação, o simples fato de acessar uma página na Internet vai se tornar uma atividade ilegal. A cópia de qualquer material sem autorização do proprietário dos direitos autorais será considerada crime. Porém, os redatores do projeto parecem não saber que na verdade, ao "entrar" numa página, nosso computador está é baixando o conteúdo dela temporariamente em seu disco rígido e/ou memória RAM. Isso significa que o computador SEMPRE faz uma cópia de qualquer página, legal ou ilegalmente.
O equívoco acima é apenas um dos inúmeros que acometem o projeto aprovado pela CCJ. Alguns outros problemas estão listados aqui: http://www.petitiononline.com/veto2008/. Neste endereço, os senhores também encontrarão um abaixo-assinado contra a aprovação da lei de cibercrimes.
Se esse projeto for aprovado pelo Senado, os caros parlamentares, além de estarem passando um atestado de ignorância e legislando sobre assuntos que desconhecem, estarão impedindo o avanço da tecnologia digital no país, entrevando a comunicação entre os cidadãos e prejudicando todos os usuários da Internet, especialmente os honestos, visto que os crackers têm habilidade suficiente para burlar todos os impedimentos legais ora propostos.
Como os V. Sas. deveriam saber, metade da população brasileira usa regularmente a Internet, na maior parte dos casos para atividades completamente legais. Ao puni-los, os parlamentares estarão incorrendo na ira de seus próprios eleitores. Não esperem que a comunidade de brasileiros, uma das mais ativas da rede, fique calada frente a esse atentado à privacidade e à liberdade de expressão.
Não custa lembrar que o Senador Eduardo Azeredo, principal incentivador do projeto de Cibercrimes, recebeu doações do banco Bradesco para sua campanha. Coincidentemente, esse banco é proprietário da empresa Scopus, que entre outras coisas trabalha com certificação digital e será imensamente beneficiada pela redação desta lei.
Caso queiram enviar suas próprias cartas, seguem os endereços de correio eletrônico dos senadores:
adelmir.santana@senador.gov.br; mercadante@senador.gov.br; alvarodias@senador.gov.br; antval@senador.gov.br; arthur.virgilio@senador.gov.br; augusto.botelho@senador.gov.br; cesarborges@senador.gov.br; cicero.lucena@senador.gov.br; cristovam@senador.gov.br; delcidio.amaral@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br; edison.lobao@senador.gov.br; eduardo.azeredo@senador.gov.br; eduardo.suplicy@senador.gov.br; efraim.morais@senador.gov.br; eliseuresende@senador.gov.br; ecafeteira@senador.gov.br; expedito.junior@senador.gov.br; fatima.cleide@senadora.gov.br; fernando.collor@senador.gov.br; flexaribeiro@senador.gov.br; flavioarns@senador.gov.br; mozarildo@senador.gov.br; francisco.dornelles@senador.gov.br; garibaldi.alves@senador.gov.br; geraldo.mesquita@senador.gov.br; gerson.camata@senador.gov.br; gilvamborges@senador.gov.br; heraclito.fortes@senador.gov.br; ideli.salvatti@senadora.gov.br; inacioarruda@senador.gov.br; jarbas.vasconcelos@senador.gov.br; jayme.campos@senador.gov.br; joaoribeiro@senador.gov.br; papaleo@senador.gov.br; joaodurval@senador.gov.br; jtenorio@senador.gov.br; joaopedro@senador.gov.br; raimundocolombo@senador.gov.br; j.v.claudino@senador.gov.br; jonaspinheiro@senador.gov.br; jose.agripino@senador.gov.br; almeida.lima@senador.gov.br; jefperes@senador.gov.br; josenery@senador.gov.br; renan.calheiros@senador.gov.br; renatoc@senador.gov.br; sarney@senador.gov.br; jose.maranhao@senador.gov.br; katia.abreu@senadora.gov.br; leomar@senador.gov.br; lucia.vania@senadora.gov.br; magnomalta@senador.gov.br; maosanta@senador.gov.br; crivella@senador.gov.br; marco.maciel@senador.gov.br; marconi.perillo@senador.gov.br; maria.carmo@senadora.gov.br; mario.couto@senador.gov.br; marisa.serrano@senadora.gov.br; neutodeconto@senador.gov.br; osmardias@senador.gov.br; patricia@senadora.gov.br; paulo.duque@senador.gov.br; paulopaim@senador.gov.br; simon@senador.gov.br; romero.juca@senador.gov.br; romeu.tuma@senador.gov.br; rosalba.ciarlini@senadora.gov.br; roseana.sarney@senadora.gov.br; tiao.viana@senador.gov.br; siba@senador.gov.br; sergio.zambiasi@senador.gov.br; serys@senadora.gov.br; sergio.guerra@senador.gov.br; tasso.jereissati@senador.gov.br; valdir.raupp@senador.gov.br; valterpereira@senador.gov.br; wellington.salgado@senador.gov.br
fonte: martelada
Como eleitor, cidadão e professor universitário atuante na área de Comunicação Digital da PUCRS, venho solicitar que votem contra o projeto de cibercrimes que substitui os Projetos de Lei da Câmara 89/2003 e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000 e n. 76/2000.
Com a atual redação, o simples fato de acessar uma página na Internet vai se tornar uma atividade ilegal. A cópia de qualquer material sem autorização do proprietário dos direitos autorais será considerada crime. Porém, os redatores do projeto parecem não saber que na verdade, ao "entrar" numa página, nosso computador está é baixando o conteúdo dela temporariamente em seu disco rígido e/ou memória RAM. Isso significa que o computador SEMPRE faz uma cópia de qualquer página, legal ou ilegalmente.
O equívoco acima é apenas um dos inúmeros que acometem o projeto aprovado pela CCJ. Alguns outros problemas estão listados aqui: http://www.petitiononline.com/veto2008/. Neste endereço, os senhores também encontrarão um abaixo-assinado contra a aprovação da lei de cibercrimes.
Se esse projeto for aprovado pelo Senado, os caros parlamentares, além de estarem passando um atestado de ignorância e legislando sobre assuntos que desconhecem, estarão impedindo o avanço da tecnologia digital no país, entrevando a comunicação entre os cidadãos e prejudicando todos os usuários da Internet, especialmente os honestos, visto que os crackers têm habilidade suficiente para burlar todos os impedimentos legais ora propostos.
Como os V. Sas. deveriam saber, metade da população brasileira usa regularmente a Internet, na maior parte dos casos para atividades completamente legais. Ao puni-los, os parlamentares estarão incorrendo na ira de seus próprios eleitores. Não esperem que a comunidade de brasileiros, uma das mais ativas da rede, fique calada frente a esse atentado à privacidade e à liberdade de expressão.
Não custa lembrar que o Senador Eduardo Azeredo, principal incentivador do projeto de Cibercrimes, recebeu doações do banco Bradesco para sua campanha. Coincidentemente, esse banco é proprietário da empresa Scopus, que entre outras coisas trabalha com certificação digital e será imensamente beneficiada pela redação desta lei.
Caso queiram enviar suas próprias cartas, seguem os endereços de correio eletrônico dos senadores:
adelmir.santana@senador.gov.br; mercadante@senador.gov.br; alvarodias@senador.gov.br; antval@senador.gov.br; arthur.virgilio@senador.gov.br; augusto.botelho@senador.gov.br; cesarborges@senador.gov.br; cicero.lucena@senador.gov.br; cristovam@senador.gov.br; delcidio.amaral@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br; edison.lobao@senador.gov.br; eduardo.azeredo@senador.gov.br; eduardo.suplicy@senador.gov.br; efraim.morais@senador.gov.br; eliseuresende@senador.gov.br; ecafeteira@senador.gov.br; expedito.junior@senador.gov.br; fatima.cleide@senadora.gov.br; fernando.collor@senador.gov.br; flexaribeiro@senador.gov.br; flavioarns@senador.gov.br; mozarildo@senador.gov.br; francisco.dornelles@senador.gov.br; garibaldi.alves@senador.gov.br; geraldo.mesquita@senador.gov.br; gerson.camata@senador.gov.br; gilvamborges@senador.gov.br; heraclito.fortes@senador.gov.br; ideli.salvatti@senadora.gov.br; inacioarruda@senador.gov.br; jarbas.vasconcelos@senador.gov.br; jayme.campos@senador.gov.br; joaoribeiro@senador.gov.br; papaleo@senador.gov.br; joaodurval@senador.gov.br; jtenorio@senador.gov.br; joaopedro@senador.gov.br; raimundocolombo@senador.gov.br; j.v.claudino@senador.gov.br; jonaspinheiro@senador.gov.br; jose.agripino@senador.gov.br; almeida.lima@senador.gov.br; jefperes@senador.gov.br; josenery@senador.gov.br; renan.calheiros@senador.gov.br; renatoc@senador.gov.br; sarney@senador.gov.br; jose.maranhao@senador.gov.br; katia.abreu@senadora.gov.br; leomar@senador.gov.br; lucia.vania@senadora.gov.br; magnomalta@senador.gov.br; maosanta@senador.gov.br; crivella@senador.gov.br; marco.maciel@senador.gov.br; marconi.perillo@senador.gov.br; maria.carmo@senadora.gov.br; mario.couto@senador.gov.br; marisa.serrano@senadora.gov.br; neutodeconto@senador.gov.br; osmardias@senador.gov.br; patricia@senadora.gov.br; paulo.duque@senador.gov.br; paulopaim@senador.gov.br; simon@senador.gov.br; romero.juca@senador.gov.br; romeu.tuma@senador.gov.br; rosalba.ciarlini@senadora.gov.br; roseana.sarney@senadora.gov.br; tiao.viana@senador.gov.br; siba@senador.gov.br; sergio.zambiasi@senador.gov.br; serys@senadora.gov.br; sergio.guerra@senador.gov.br; tasso.jereissati@senador.gov.br; valdir.raupp@senador.gov.br; valterpereira@senador.gov.br; wellington.salgado@senador.gov.br
fonte: martelada
Friday, July 04, 2008
Após abaixo-assinado, 'CQC' volta a entrevistar políticos
Depois de muito barulho e o apoio do público com 300 mil assinaturas, o CQC voltou ao Congresso Nacional. Autorizado, o repórter Rafinha Bastos passou os dois últimos dias (quarta e quinta-feira) em Brasília entrevistando políticos. Na mira da atração já passaram Paulo Maluf, Álvaro Dias, Cristovam Buarque, Delcídio Amaral e Pedro Simon, entre outros.
"Não muda nada no nosso comportamento dentro do Congresso. As perguntas continuam sendo incisivas. Até porque o nosso formato é diferente, as críticas são mais diretas mesmo", afirma Rafinha.
Nos dois dias na "Casa do Povo", o repórter está satisfeito com as entrevistas, mas sente um pouco de rejeição. "Alguns fogem da câmera ou dizem que não querem falar com a gente. Mas tudo bem. Não podemos obrigar ninguém a nada", diz.
fonte: terra
"Não muda nada no nosso comportamento dentro do Congresso. As perguntas continuam sendo incisivas. Até porque o nosso formato é diferente, as críticas são mais diretas mesmo", afirma Rafinha.
Nos dois dias na "Casa do Povo", o repórter está satisfeito com as entrevistas, mas sente um pouco de rejeição. "Alguns fogem da câmera ou dizem que não querem falar com a gente. Mas tudo bem. Não podemos obrigar ninguém a nada", diz.
fonte: terra
Tuesday, June 17, 2008
PIPA Chat
Caro(a) companheiro(a) partidário(a), seja um político consciente e ativo(a) (ok, e passivo(a) também de vez em quando, quando houver uma oportunidade de aproximação com a base), participe das reuniões deliberatórias do partido no msn. siga as instruções a seguir:
1- adicione Éris como amiga:
mgroup44237@hotmail.com
2- Após adicionar e ver sua nova amiga Éris online, chame sua atenção (nudge).
3- Ela enviará um convite:
Éris está convidando você para iniciar a opção Activity Panel. Deseja Aceitar (Alt+C) ou Recusar (Alt+Z) o convite?
4 - Clique em aceitar ou aperte ALT-C, após isso você verá sua nicklist ao lado da janela do msn com as pessoas que já estão participando da sala. (Aparece todas as pessoas que estão adicionada ao chat, tanto as que estão online no momento, como as que estão offline).
saudações gansianas!
:::
e você? ainda não filiou-se ao PIPA? o que está esperando?
Registre-se Djá!
:::
1- adicione Éris como amiga:
mgroup44237@hotmail.com
2- Após adicionar e ver sua nova amiga Éris online, chame sua atenção (nudge).
3- Ela enviará um convite:
Éris está convidando você para iniciar a opção Activity Panel. Deseja Aceitar (Alt+C) ou Recusar (Alt+Z) o convite?
4 - Clique em aceitar ou aperte ALT-C, após isso você verá sua nicklist ao lado da janela do msn com as pessoas que já estão participando da sala. (Aparece todas as pessoas que estão adicionada ao chat, tanto as que estão online no momento, como as que estão offline).
saudações gansianas!
:::
e você? ainda não filiou-se ao PIPA? o que está esperando?
Registre-se Djá!
:::
Labels:
ConsPiração,
discordianismo,
msn,
operação:mindfuck
Thursday, May 29, 2008
Site faz pornografia para unir árabes e judeus em Israel
O caminho para a paz no Oriente Médio, pelo menos segundo os criadores do site de entretenimento adulto Parpar1, é o sexo. Revivendo o slogan 'faça amor, e não guerra', a página reúne filmes pornográficos com mulheres e homens judeus ou árabes israelenses.
Fundado por dois profissionais da área de tecnologia de informação de Tel Aviv, a página contém vídeos - a maioria com elenco formado por amadores - com títulos curiosos como "a filha do rabino", "orgia em Jerusalém" e "lésbicas kosher".
Em entrevista ao jornal 'Forward', Avi Levy, um dos criadores do site, afirma que o serviço foi criado apenas de olho nos lucros. "Eu não sou político. Estou aqui para ganhar dinheiro", diz Levy. "Mas, é claro, eu não acho que um árabe é um ser inferior a um judeu."
A postura "politizada", no entanto, é um dos grandes responsáveis pelo sucesso inicial do site. "Era um nicho ainda inexplorado na pornografia: sexo explícito entre árabes e judeus", conta Levy.
fonte: g1
Fundado por dois profissionais da área de tecnologia de informação de Tel Aviv, a página contém vídeos - a maioria com elenco formado por amadores - com títulos curiosos como "a filha do rabino", "orgia em Jerusalém" e "lésbicas kosher".
Em entrevista ao jornal 'Forward', Avi Levy, um dos criadores do site, afirma que o serviço foi criado apenas de olho nos lucros. "Eu não sou político. Estou aqui para ganhar dinheiro", diz Levy. "Mas, é claro, eu não acho que um árabe é um ser inferior a um judeu."
A postura "politizada", no entanto, é um dos grandes responsáveis pelo sucesso inicial do site. "Era um nicho ainda inexplorado na pornografia: sexo explícito entre árabes e judeus", conta Levy.
fonte: g1
Labels:
Agência Timóteo Pinto,
Parpar1,
paz no Oriente Médio
Tuesday, May 20, 2008
Um pênis voador interrompe discurso de Kasparov em Moscou
Um pênis voador, com hélices como as de um helicoptero, interrompeu uma apresentação que estava sendo feita por Gary Kasparov, o ex-enxadrista russo, atualmente ativista politico, membro do movimento de oposiçao Outra Russia.
clique para ver:
fonte: blue bus
clique para ver:
fonte: blue bus
Friday, May 16, 2008
Vendemos nada
Compre nada agora. Com apenas um real você pode adquirir nada!
Confira nosso website: comprenada.rg3.net
Confira nosso website: comprenada.rg3.net
Tuesday, May 06, 2008
Quem é o Mestre que faz a grama ficar verde?
Nem as cores existem na natureza nem nossa mente reflete fielmente os que nos rodeia. A realidade é proporcional ao número de seres humanos, posto que o que cada um percebe é filtrado e deformado pelos sentidos objetivos e a mente subjetiva.
O mundo visual que nos rodeia é uma ilusão? É verdade que as cores não existem na natureza? Nosso cérebro reflete fielmente a realidade exterior? As respostas a essas perguntas demonstram que a realidade é um conceito bastante subjetivo, já que muitas das coisas que observamos não existem ou, pelo menos, não são como as enxergamos.
O coquetel de estímulos provenientes do interior e do exterior de nosso corpo e que captamos por meio dos cinco sentidos varia sutilmente de uma pessoa para outra, já que a estrutura, as diferenças e as alterações dos órgãos sensoriais de cada um fazem com que, por exemplo, vejamos e escutemos de forma diferente, tanto que não exitem duas percepções iguais do real. Se essa percepção objetiva, por sua vez, é alterada pela interpretação subjetiva do que somos, acontece e nos rodeia, com base em nossa bagagem de aprendizados e experiências, podemos concluir que a realidade é algo tão pessoal e único como as impressões digitais.
Segundo o neurocientista Francisco J. Rubia, autor do livro "¿Qué sabes de tu cerebro?" (O que seu cérebro sabe?), "antigamente se achava que o cérebro refletia de forma fidedigna o mundo exterior, mas, a cada dia, parece mais evidente que o cérebro é um mundo fechado que traduz os estímulos externos para a linguagem disponibilizada pelas estruturas cerebrais, dando uma versão interna ou uma representação da realidade exterior".
O mundo visual é uma ilusão?
É o que parece. As imagens, que se formam nas duas retinas dos olhos, são distorcidas, pequenas e invertidas. Além disso, o poder de resolução do olho é limitado e disforme, já que, fora do ponto de maior acuidade, é baixo e a retina é praticamente cega para as cores. O olho, além disso, se movimenta constantemente de um ponto para outro do campo visual, de três a quatro vezes por segundo, o que faz o órgão criar um montão de novas imagens. Por outro lado, é conhecida a importância da atenção para a percepção de qualquer sensação: por exemplo, se não temos atenção, não vemos. Além disso, o cérebro "completa" a percepção das coisas que não são vistas, como a visão de um cachorro inteiro atrás de uma cerca, embora só vejamos partes do animal. Mas, talvez o mais importante, seja constatar que muitas das coisas que vemos são criações do cérebro. As chamadas "ilusões óticas" são inúmeras e dizem "a gritos que o cérebro vê o que quer ver, por isso somos incapazes de captar o que costumamos chamar de realidade".
As cores não existem. A natureza não tem mais que diferentes comprimentos de onda. A audição, a visão, a percepção da cor ou do som... Tudo depende do nosso cérebro e da organização espacial das estruturas que processam esses estímulos. Além disso, o processamento cerebral das características ou propriedades dos diferentes estímulos do ambiente, como a qualidade, a intensidade, sua estrutura temporária e local de procedência, podem variar, devido às estruturas e células nervosas que os recebem e transportam. Na visão cromática, intervêm receptores que captam os diferentes comprimentos de onda do espectro electromagnético (azul-violeta, verde, e amarelo-vermelho) e células que produzem as sensação de contraste entre as cores. No final de todo o processo, o cérebro atribui uma determinada cor à atividade dos receptores e de todas as células que há até a informação chegar a um região denominada córtex visual. Mas um comprimento de onda não se transforma no cérebro em uma determinada cor. Não há uma correlação clara entre as duas coisas.
Presos dentro de nós mesmos
Nosso cérebro, então, reflete a realidade exterior? Para Rubia, esta pergunta tem um categórico "NÃO" como resposta: "Existe uma realidade exterior, mas tudo o que vemos, ouvimos, cheiramos, sentimos está dentro de nós mesmos. É o próprio cérebro que está sempre falando com a gente", destaca. Segundo o cientista, "graças às transformações que os receptores dos estímulos externos realizam, graças à tradução dos estímulos físicos para a linguagem cerebral dos impulsos nervosos, fazemos com que surja essa realidade, esse mundo que não está fora, mas dentro do cérebro". A tradução deve ser boa, porque, caso contrário, não teríamos nos adaptado tão satisfatoriamente ao nosso entorno. Porém, estamos presos dentro do nosso cérebro, e qualquer pensamento sobre a captação da realidade é pura ilusão, diz o especialista.
Por Omar Segura / Agência EFE
O mundo visual que nos rodeia é uma ilusão? É verdade que as cores não existem na natureza? Nosso cérebro reflete fielmente a realidade exterior? As respostas a essas perguntas demonstram que a realidade é um conceito bastante subjetivo, já que muitas das coisas que observamos não existem ou, pelo menos, não são como as enxergamos.
O coquetel de estímulos provenientes do interior e do exterior de nosso corpo e que captamos por meio dos cinco sentidos varia sutilmente de uma pessoa para outra, já que a estrutura, as diferenças e as alterações dos órgãos sensoriais de cada um fazem com que, por exemplo, vejamos e escutemos de forma diferente, tanto que não exitem duas percepções iguais do real. Se essa percepção objetiva, por sua vez, é alterada pela interpretação subjetiva do que somos, acontece e nos rodeia, com base em nossa bagagem de aprendizados e experiências, podemos concluir que a realidade é algo tão pessoal e único como as impressões digitais.
Segundo o neurocientista Francisco J. Rubia, autor do livro "¿Qué sabes de tu cerebro?" (O que seu cérebro sabe?), "antigamente se achava que o cérebro refletia de forma fidedigna o mundo exterior, mas, a cada dia, parece mais evidente que o cérebro é um mundo fechado que traduz os estímulos externos para a linguagem disponibilizada pelas estruturas cerebrais, dando uma versão interna ou uma representação da realidade exterior".
O mundo visual é uma ilusão?
É o que parece. As imagens, que se formam nas duas retinas dos olhos, são distorcidas, pequenas e invertidas. Além disso, o poder de resolução do olho é limitado e disforme, já que, fora do ponto de maior acuidade, é baixo e a retina é praticamente cega para as cores. O olho, além disso, se movimenta constantemente de um ponto para outro do campo visual, de três a quatro vezes por segundo, o que faz o órgão criar um montão de novas imagens. Por outro lado, é conhecida a importância da atenção para a percepção de qualquer sensação: por exemplo, se não temos atenção, não vemos. Além disso, o cérebro "completa" a percepção das coisas que não são vistas, como a visão de um cachorro inteiro atrás de uma cerca, embora só vejamos partes do animal. Mas, talvez o mais importante, seja constatar que muitas das coisas que vemos são criações do cérebro. As chamadas "ilusões óticas" são inúmeras e dizem "a gritos que o cérebro vê o que quer ver, por isso somos incapazes de captar o que costumamos chamar de realidade".
As cores não existem. A natureza não tem mais que diferentes comprimentos de onda. A audição, a visão, a percepção da cor ou do som... Tudo depende do nosso cérebro e da organização espacial das estruturas que processam esses estímulos. Além disso, o processamento cerebral das características ou propriedades dos diferentes estímulos do ambiente, como a qualidade, a intensidade, sua estrutura temporária e local de procedência, podem variar, devido às estruturas e células nervosas que os recebem e transportam. Na visão cromática, intervêm receptores que captam os diferentes comprimentos de onda do espectro electromagnético (azul-violeta, verde, e amarelo-vermelho) e células que produzem as sensação de contraste entre as cores. No final de todo o processo, o cérebro atribui uma determinada cor à atividade dos receptores e de todas as células que há até a informação chegar a um região denominada córtex visual. Mas um comprimento de onda não se transforma no cérebro em uma determinada cor. Não há uma correlação clara entre as duas coisas.
Presos dentro de nós mesmos
Nosso cérebro, então, reflete a realidade exterior? Para Rubia, esta pergunta tem um categórico "NÃO" como resposta: "Existe uma realidade exterior, mas tudo o que vemos, ouvimos, cheiramos, sentimos está dentro de nós mesmos. É o próprio cérebro que está sempre falando com a gente", destaca. Segundo o cientista, "graças às transformações que os receptores dos estímulos externos realizam, graças à tradução dos estímulos físicos para a linguagem cerebral dos impulsos nervosos, fazemos com que surja essa realidade, esse mundo que não está fora, mas dentro do cérebro". A tradução deve ser boa, porque, caso contrário, não teríamos nos adaptado tão satisfatoriamente ao nosso entorno. Porém, estamos presos dentro do nosso cérebro, e qualquer pensamento sobre a captação da realidade é pura ilusão, diz o especialista.
Por Omar Segura / Agência EFE
Thursday, May 01, 2008
Projeto Peixe Grande
Em meio a uma era obscura, obnubilam-se consciências, o mar de trovões invisíveis amaldiçoa as cabeças pensantes tornadas cadáveres insipientes: zumbis agonizantes, terra de gente grande!
Pequenos arados tricksters brincam em meio a novidades bricoladas: colas, sapatos e meias rasgadas. Divulguemos, sem mais demoras, o archote peixífero: PROJETO PEIXE GRANDE.
Depois de fracassos musicais como o peixe morto, é a vez de um peixe que supere esse estado de coisas. O Projeto Peixe Grande (PPG) pretende, no dia 08/08/08, uma codificação massiva: Transmutar blogs, páginas, muros em PEIXES GRAÚDOS. Nossos espectadores-artistas perguntarão, em solene tom: “Mas como seria isso possível?”.
A resposta em acordo dissonante rasga o véu: Nesse exato dia coloquem, sem delongas, fotos de peixes GRANDES em vossos blogs, provando, dessa forma, que vos próprios são PEIXES GRANDES... E não apenas queridos companheiros! O peixe tem sido durante séculos o símbolo de Cristo, ou seja, DE DEUS TORNADO HOMEM...
Já é hora, contudo, DE TOMARMOS ESSE POSTO! Com GASOLINA E ALCOOL tomemos esse pilar, chamemos a responsabilidade de ser um DEUS, ou um deus ex machina, para nós mesmos!
PROJETO PEIXE GRANDE! Porque não pensamos pequeno!
Tuesday, April 29, 2008
Ator propõe campanha para implodir estátua do Cristo Redentor
O ator Paulo César Pereio está propondo uma polêmica campanha: a implosão do Cristo Redentor.
Pereio falou sobre sua proposta no programa "CQC", da Rede Bandeirantes e deu uma entrevista para a edição desta semana de "Veja".
Ele declarou à revista que contratou uma agência de publicidade e já está recolhendo assinaturas.
"Para que manter aquele boneco ridículo lá em cima?" - pergunta o ator.
O ator classificou como um “absurdo” a eleição da estátua como uma das sete maravilhas do mundo, argumentando que melhor seria se tivéssemos escolhido a estátua do Quincas Borba, em São Paulo. Classificando-se como ateu, Paulo afirmou ainda que já contratou uma agência de publicidade e está recolhendo assinaturas.
fontes:
minha notícia
lote cultural
Pereio falou sobre sua proposta no programa "CQC", da Rede Bandeirantes e deu uma entrevista para a edição desta semana de "Veja".
Ele declarou à revista que contratou uma agência de publicidade e já está recolhendo assinaturas.
"Para que manter aquele boneco ridículo lá em cima?" - pergunta o ator.
O ator classificou como um “absurdo” a eleição da estátua como uma das sete maravilhas do mundo, argumentando que melhor seria se tivéssemos escolhido a estátua do Quincas Borba, em São Paulo. Classificando-se como ateu, Paulo afirmou ainda que já contratou uma agência de publicidade e está recolhendo assinaturas.
fontes:
minha notícia
lote cultural
Monday, April 28, 2008
A macacada da paz e do amor
- Olhando assim para um bonobo, ninguém dá nada. Para olhos leigos, ele parece só mais um chimpanzé de zoológico. Mas um connaisseur sabe que o bonobo é muito mais que um macaco - ele é a esperança de que a humanidade tenha jeito.
Está certo, o bonobo é mesmo parecido com o chimpanzé. E ambos são, digamos, nossos primos - os humanos compartilham 98% de seu DNA com esses dois primatas. Mas, como diz o holandês Frans de Waal, "chimpanzés são de Marte e bonobos são de Vênus". Waal, no caso, é um connaisseur - biólogo de formação, é o maior especialista em bonobos do mundo. Estuda primatas há 35 anos. Observa por horas a fio chimpanzés, babuínos, macacos-capuchinhos e, claro, bonobos. Faz isso em seu laboratório - o Yerkes Primate Research Center, na Universidade Emory, em Atlanta (EUA), onde dá aulas no Departamento de Psicologia - e também em zoológicos. A partir dessa experiência, já escreveu dezenas de obras sobre os animais.
Um dos grandes méritos de Frans de Waal foi ter transformado os bonobos nos bichos mais cool do mundo animal. Com seu livro Bonobo: the Forgotten Ape (sem tradução no Brasil), amplamente ilustrado com fotos eróticas, o pesquisador popularizou os macacos "paz e amor". Bonobos têm ombros mais estreitos, são mais escuros e mais eretos que os chimpanzés. Mas o visual é o de menos. O que importa é que bonobos são sensíveis e afetuosos; chimpanzés são brutos e esquentados. Bonobos são da paz, enquanto os maquiavélicos chimpanzés vivem imersos em picuinhas de poder. Entre estes, os machos dominam as fêmeas, às vezes de forma brutal. Na sociedade dos bonobos, a vida é centrada na fêmea, e os machos continuam ligados a suas mães a vida inteira.
Chimpanzés fazem guerra; bonobos fazem sexo. O tempo inteiro e de todas as maneiras, diga-se de passagem. Sexo é parte essencial dos relacionamentos sociais entre os bonobos; ajuda a dar estabilidade ao grupo e aliviar as tensões. Antes de se alimentar, os bonobos transam. Quando não há espaço e eles ficam muito juntos, os bonobos transam. Antes de dormir, os bonobos transam. Eles fazem sexo macho com macho, fêmea com fêmea, macho com fêmea, macho com jovem, fêmea com jovem. Também se masturbam e beijam de língua. Chimpanzés só dão selinho e têm relações sexuais apenas para fins de reprodução. "Bonobos têm um erotismo criativo", diz Frans de Waal. "São os únicos animais que fazem preliminares."
mais bonobismo aqui
Está certo, o bonobo é mesmo parecido com o chimpanzé. E ambos são, digamos, nossos primos - os humanos compartilham 98% de seu DNA com esses dois primatas. Mas, como diz o holandês Frans de Waal, "chimpanzés são de Marte e bonobos são de Vênus". Waal, no caso, é um connaisseur - biólogo de formação, é o maior especialista em bonobos do mundo. Estuda primatas há 35 anos. Observa por horas a fio chimpanzés, babuínos, macacos-capuchinhos e, claro, bonobos. Faz isso em seu laboratório - o Yerkes Primate Research Center, na Universidade Emory, em Atlanta (EUA), onde dá aulas no Departamento de Psicologia - e também em zoológicos. A partir dessa experiência, já escreveu dezenas de obras sobre os animais.
Um dos grandes méritos de Frans de Waal foi ter transformado os bonobos nos bichos mais cool do mundo animal. Com seu livro Bonobo: the Forgotten Ape (sem tradução no Brasil), amplamente ilustrado com fotos eróticas, o pesquisador popularizou os macacos "paz e amor". Bonobos têm ombros mais estreitos, são mais escuros e mais eretos que os chimpanzés. Mas o visual é o de menos. O que importa é que bonobos são sensíveis e afetuosos; chimpanzés são brutos e esquentados. Bonobos são da paz, enquanto os maquiavélicos chimpanzés vivem imersos em picuinhas de poder. Entre estes, os machos dominam as fêmeas, às vezes de forma brutal. Na sociedade dos bonobos, a vida é centrada na fêmea, e os machos continuam ligados a suas mães a vida inteira.
Chimpanzés fazem guerra; bonobos fazem sexo. O tempo inteiro e de todas as maneiras, diga-se de passagem. Sexo é parte essencial dos relacionamentos sociais entre os bonobos; ajuda a dar estabilidade ao grupo e aliviar as tensões. Antes de se alimentar, os bonobos transam. Quando não há espaço e eles ficam muito juntos, os bonobos transam. Antes de dormir, os bonobos transam. Eles fazem sexo macho com macho, fêmea com fêmea, macho com fêmea, macho com jovem, fêmea com jovem. Também se masturbam e beijam de língua. Chimpanzés só dão selinho e têm relações sexuais apenas para fins de reprodução. "Bonobos têm um erotismo criativo", diz Frans de Waal. "São os únicos animais que fazem preliminares."
mais bonobismo aqui
Saturday, April 26, 2008
Lei permite grávidas urinar no capacete da policia
É proibido usar armadura durante as sessões do Parlamento. Mais sério ainda é morrer lá dentro, sob pena de ser preso. Já uma mulher grávida pode urinar no capacete de um policial. Essas e outras sandices fazem parte do ranking com as leis britânicas mais absurdas, divulgado pela emissora UKTV Gold.
Em primeiro lugar, para os 4.000 entrevistados pela rede, aparece a proibição de dar o último suspiro no Parlamento, com 27%. Colar um selo com a efígie de um monarca de cabeça para baixo, o que é considerado um "ato de traição", aparece bem atrás, com 7%, seguido de uma estranha determinação que permite que as mulheres trabalhem com os seios de fora, desde que sejam funcionárias de uma loja de peixes tropicais, em Liverpool (noroeste da Inglaterra).
Ainda no reino dos absurdos, também foi bem cotada a obrigação imposta aos escoceses de abrir a porta de sua casa para quem estiver apertado para ir ao banheiro, assim como a permissão de matar um escocês na circunscrição da antiga cidade de York (norte da Inglaterra). Desde e somente se usar arco e flecha, que fique claro.
Menos citada, talvez, por sequer ter sido compreendida pela maioria dos entrevistados, aparece uma lei que declara "ilegal não dizer ao preceptor o que não se quer que ele saiba, mas sendo legal dizer o que não se incomoda que ele saiba".
fonte: Planeta Bizarro
Em primeiro lugar, para os 4.000 entrevistados pela rede, aparece a proibição de dar o último suspiro no Parlamento, com 27%. Colar um selo com a efígie de um monarca de cabeça para baixo, o que é considerado um "ato de traição", aparece bem atrás, com 7%, seguido de uma estranha determinação que permite que as mulheres trabalhem com os seios de fora, desde que sejam funcionárias de uma loja de peixes tropicais, em Liverpool (noroeste da Inglaterra).
Ainda no reino dos absurdos, também foi bem cotada a obrigação imposta aos escoceses de abrir a porta de sua casa para quem estiver apertado para ir ao banheiro, assim como a permissão de matar um escocês na circunscrição da antiga cidade de York (norte da Inglaterra). Desde e somente se usar arco e flecha, que fique claro.
Menos citada, talvez, por sequer ter sido compreendida pela maioria dos entrevistados, aparece uma lei que declara "ilegal não dizer ao preceptor o que não se quer que ele saiba, mas sendo legal dizer o que não se incomoda que ele saiba".
fonte: Planeta Bizarro
Padre confunde Strip com Balé e abençoa Boate
Um padre ortodoxo abençoou um clube de striptease na Rússia após lhe contarem que o local era usado como escola de bailarinas, segundo o diário online Metro.
Os representantes do local dizem que a clientela aumentou depois da intervenção do representante da Igreja.
Padre Nickolai, que abençoou o Studio 74 em Chelyabinsk, oeste do país, afirma que ele não tinha idéia que estava em um clube de strip.
Um representante do lugar afirma que a bênção deu "uma atmosfera inteiramente nova" e atraiu mais clientes ao clube.
fonte: terra
Os representantes do local dizem que a clientela aumentou depois da intervenção do representante da Igreja.
Padre Nickolai, que abençoou o Studio 74 em Chelyabinsk, oeste do país, afirma que ele não tinha idéia que estava em um clube de strip.
Um representante do lugar afirma que a bênção deu "uma atmosfera inteiramente nova" e atraiu mais clientes ao clube.
fonte: terra
Friday, April 25, 2008
Cientistas gays descobrem o gene da cristandade
Um grupo de cientistas gays descobriu o gene da cristandade. A descoberta traz a esperança de cura para cristãos em todo o mundo. Através de terapia genética, já conseguiram curar um rato cristão. (Os procedimentos ainda não foram testados em humanos.) Alguns cristãos ainda rejeitam a idéia – insistem na idéia de que a fé é uma escolha pessoal. Mas outros, discretamente, já começam a buscar algum tipo de terapia, estimulados por pais e amigos.
fonte: pedro dória
Manifesto Nonadista
ou
O Grande Manifesto Que Fala Sobre Nada, Ou Quase Isso.
Só o nonada nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Humoristicamente.
NONADA. O fim de toda a Filosofia. Fim do Pensamento: a bomba atômica explodindo na mente humana e fazendo escorrer miolos liquefeitos pelo nariz.
Conexões junguianas pós-apocalípticas de humor negro: sincronicidade. Nonada. Fatigamo-nos de tanta hipocrisia filosófica: admitam, há coisas além de vós.
Ora, não sentem e esperem por respostas! Corram atrás delas, mas não achem que elas virão. Pois elas virão, mas virão nonada.
Certa vez disseram ser contra todos os importadores de consciência enlatada. Somos contra os importadores, os exportadores, os usuários. E somos importadores, usuários, exportadores da nossa.
Contra a intelligentsia. Os velhacos acadêmicos pseudo-intelectuais leitores de parnasianos em banheiras ricamente trabalhadas – comunistas, anarco-capitalistas, capitalistas: o ismo final é o nonadismo.
Estamos aqui pelo fim da história conhecida: pelo começo da Era Discordiana, pela Iluminação Nonadista. E a iluminação advém do Venerar do Ser, do Ser Feliz em Meio a Bosta. A Bosta está Feita, só nos resta rir e arrumar, ao esperar pela Chuva Divina de Nova Versalhes.
Não apelamos - o nonada impõe. Querem determinismo? Eis que ele surge – só lhes resta determinar suas conseqüências.
O Grande Manifesto Que Fala Sobre Nada, Ou Quase Isso.
Só o nonada nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Humoristicamente.
NONADA. O fim de toda a Filosofia. Fim do Pensamento: a bomba atômica explodindo na mente humana e fazendo escorrer miolos liquefeitos pelo nariz.
Conexões junguianas pós-apocalípticas de humor negro: sincronicidade. Nonada. Fatigamo-nos de tanta hipocrisia filosófica: admitam, há coisas além de vós.
Ora, não sentem e esperem por respostas! Corram atrás delas, mas não achem que elas virão. Pois elas virão, mas virão nonada.
Certa vez disseram ser contra todos os importadores de consciência enlatada. Somos contra os importadores, os exportadores, os usuários. E somos importadores, usuários, exportadores da nossa.
Contra a intelligentsia. Os velhacos acadêmicos pseudo-intelectuais leitores de parnasianos em banheiras ricamente trabalhadas – comunistas, anarco-capitalistas, capitalistas: o ismo final é o nonadismo.
Estamos aqui pelo fim da história conhecida: pelo começo da Era Discordiana, pela Iluminação Nonadista. E a iluminação advém do Venerar do Ser, do Ser Feliz em Meio a Bosta. A Bosta está Feita, só nos resta rir e arrumar, ao esperar pela Chuva Divina de Nova Versalhes.
Não apelamos - o nonada impõe. Querem determinismo? Eis que ele surge – só lhes resta determinar suas conseqüências.
Saturday, February 02, 2008
Subscribe to:
Posts (Atom)